Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

27/11/2011

SEXALESCENTES (Autor desconhecido)


         
Se estivermos atentos, podemos notar que está a aparecer uma nova franja

social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os
sexalescentes : é a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque

simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer.

Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em
meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que
deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que
até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.

Este novo grupo humano que hoje ronda os sessenta teve uma vida
razoavelmente satisfatória.

São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que
conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante
décadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram há muito a
atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.

Talvez seja por isso que se sintam realizados... Alguns nem sonham em
reformar-se. E os que já se reformaram gozam plenamente cada dia sem medo do
ócio ou da solidão, crescem por dentro quer num, quer na outra. Disfrutam a
situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos,
preocupações, fracassos e sucessos, sabe bem olhar para o mar sem pensar em
mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5.º andar...

Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um
papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando
as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as
suas mães nem tinham sonhado ocupar.

Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o
feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude em que eram tantas
as mudanças, parou e refletiu sobre o que na realidade queria.

Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre
tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras
não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas... Mas cada uma
fez o que quis : reconheçamos que não foi fácil, e no entanto continuam a
fazê-lo todos os dias.

Algumas coisas podem dar-se por adquiridas.

Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos
"sessenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito
toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e vêem-se), e até se
esquecem do velho telefone para contatar os amigos - mandam e-mails com as
suas notícias, idéias e vivências.

De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não
estão, não se conformam, e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos
sentimentais.

Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos.
Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte
para outra...

Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas,
quase insolentes de beleza ; mas não se sentem em retirada. Competem de
outra forma, cultivam o seu próprio estilo... Os homens não invejam a
aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um terno
Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de uma modelo. Em
vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase
inteligente, ou de um sorriso iluminado pela experiência.

Hoje, as pessoas na década dos sessenta, como tem sido seu costume ao longo
da sua vida, estão a estrear uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos,
e agora já não o são. Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam a
juventude mas sem nostalgias tolas, porque a juventude ela própria também
está cheia de nostalgias e de problemas.
Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios...

Talvez por alguma secreta razão que só sabem, e saberão, os que chegam aos 60
no século XXI ...

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