Agência Sindical
A pesquisa Datafolha sobre a divisão do Pará em três Estados traz justificados argumentos e razões para uma reflexão de nossa parte – de nós, políticos, e da população paraense – sobre a criação de mais duas unidades federativas no país.
A pesquisa Datafolha sobre a divisão do Pará em três Estados traz justificados argumentos e razões para uma reflexão de nossa parte – de nós, políticos, e da população paraense – sobre a criação de mais duas unidades federativas no país.
Nessa discussão em pauta –
intensificada agora pela pesquisa e pelo início da campanha no rádio e
TV paraenses sobre o plebiscito no qual a população decidirá a divisão
daqui a um mês – temos dois lados nitidamente delineados. De um, podemos
fazer uma reflexão sobre as as bem sucedidas divisões de Estados no
passado, as do Tocantins e do Mato Grosso do Sul.
A do Tocantins
foi boa para Goiás; a do Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso. Os dois
antigos Estados também se desenvolveram e a criação dos novos foi um
sucesso total. Basta ver a realidade e o que são hoje tanto Goiás e o
Mato Grosso, quanto o Tocantins e o Mato Grosso do Sul que deles se
desmembraram.
Pesquisa enseja mais base para a reflexão
Do
outro lado, temos os dados da pesquisa, agora, e o fato de que nessa
reflexão, há necessariamente que se pensar que a criação de um novo
Estado – de dois, no caso da divisão do Pará a ser decidida pelo
plebiscito – significa despesas e novas instituições politicas, bem como
uma nova organização administrativa, da justiça, do legislativo e do
executivo.
Neste segundo ponto da avaliação, não há dúvidas de
que como está hoje o Estado do Pará, não se consegue atender
satisfatoriamente (eu não diria governar) as regiões que o compõem os
prováveis – ou não – futuros Estados, Tapajós e Carajás. De qualquer
forma, o melhor dessa história é que quem vai decidir é o povo paraense,
que segundo estas primeiras pesquisas está contra o fatiamente de seu
Estado em três.
A pesquisa mostra maioria da população contra a divisão
Pelo
Datafolha divulgado ontem e publicado hoje pela Folha de S.Paulo, 58%
dos entrevistados rejeitam a divisão e apenas 33% aprovam a criação dos
dois novos Estados. OK, mas tenhamos cuidado, porque a pesquisa ainda
não traz os resultados, o reflexo do horário eleitoral gratuito sobre a
opinião dos paraenses relativa à divisão, já que a propaganda começou
nesta 6ª feira (ontem).
Vejam, entre os eleitores que moram no
território dos possíveis futuros Estados, o apoio é maior à divisão. No
Carajás, 84% são a favor de que a região seja desmembrada. No Tapajós,
são 77% os favoráveis à transformação da região em Estado.
Detalhe
importante: as duas regiões concentram apenas 36% da população do Pará
e, sozinhas, não são capazes de garantir um resultado favorável à
divisão. Entre os eleitores do Pará remanescente, 80% são contra a
criação do Carajás e 77% são contra a do Tapajós.
Zé Dirceu comentando pesquisa do Datafolha da FSP? Estranho, muito estranho. No entanto, foi a opinião mais inteligente, interessante e lúcida que já li sobre o assunto. Saber que a opinião dos habitantes dos 2 (possíveis) futuros Estados não é capaz de influir no resultado da eleição é muito frustrante...
ResponderExcluirEm tempo: Zé Dirceu foi a maior vítima do PIG e a maior perda política no Brasil, dos últimos anos.
Pois é, estranho mesmo o comentário de Zé Dirceu ser na FSP, o que foi bom,pois, ele só veiu a engrandecera a pesquisa com sua visão sobre o tema, bem coerente e lúcido.
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