Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

31/05/2011

QUANDO EU MUDO, O MUNDO SE TRANSFORMA

Era uma vez... Uma lagarta envergonhada, que pelo chão se rastejava e todo mundo debochava: Que lagarta desengonçada, feia e maltratada! Ninguém, dela, gostava; as pessoas, ela assustava. Pobre Dona Lagarta... Muito triste ficou e sentindo-se desprezada, e um casulo se fechou... E assim... passaram-se os dias, ninguém, a sua falta, se...ntia, até que em belo cenário, enquanto o sol, a vida, aquecia e a rosa, o jardim, floria, em um galho pendurado, o casulo se abria... e uma linda borboleta, de asas bem coloridas, o casulo deixou, alegrando nossa vida... e, todos viram o milagre, que a natureza preparou. A feia e envergonhada lagarta, na borboleta se transformou. Já não era desengonçada, mas, linda e cheia de graça, e a todos superou; pois, não mais se rastejava, pelo contrário, voava... O céu, enfim, conquistou !!!

CIRURGIA DE LIPOASPIRAÇÃO ( HERBERT VIANA)

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada, nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém estar percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos limpo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enloqueceu. Hoje Deus é auto imagem, religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
A gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia, celulite é falta de educação. Filho da Puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além de imagem, estética, medida, beleza. Nada mais importa, não importa os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição politica. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.

"cuide bem do seu amor, seja ele quem for".

SOBRE A VIDA

A vida é como jogar uma bola na parede:
se for jogada uma bola azul, ela voltará azul, se for jogada uma bola verde, ela voltará verde,
se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca, se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
A vida não dá nem empresta,
não se comove nem se apieda.
Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que não lhe oferecemos. Pense nisso!

LIBERTAÇÃO

Algo te prende? Aprende então a se desprender pra vida! Solte-se, largando o que 'te prende'!! Vê tuas mãos livres e teus pés soltos, para trilhar uma estrada nova, reconstruir uma novidade e ver que o Sol volta a brilhar !! Quanto ao medo, dá um susto nele !! Não se deixe aprisionar !!

A MULHER É MAIS MULHER AOS 30 ANOS



 Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.


Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma e de um homem.

Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20. Só que isso é compensado por outros atributos encantadores de que se reveste a mulher de 30. Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira - no trato consigo mesma e com seu homem.

Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e orgulho das suas carnes sinuosas, do seu cheiro cítrico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível.

Está interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo-astral. Quer é ser feliz. Se o seu homem não gostar dela do jeito que é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça.

Aos 30 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe escolher sapatos e acessórios, tecidos e decotes, maquiagem corte de cabelo. Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas,sobretudo, gasta melhor. E tem gestos mais delicados e elegantes. Aos 30, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E finge indiferença com mais competência quando interessa repelir.

Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher, se pudesse, não vestiria duas vezes a mesma roupa nem acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas, aos 30, ela já sabe lidar melhor com esse aspecto peculiar da sua condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam - e quem mais estivesse por perto -irremediavelmente.

Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas, que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos.

Sim, aos 20 amulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe.

E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo.

Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata.

A mulher aos 30, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.

Aos 30, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Até seus dentes parecem mais claros. Seus lábios, mais reluzentes. Sua saliva, mais potável. E o brilho da pele não é o da oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade.

Aos 20, ela rói as unhas. Aos 30, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave.

Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável. Acontece alguma coisa também com os cílios, o desenho das sobrancelhas, o jeito de olhar. Fica tudo mais glamouroso, mais sexualmente arguto.

Recado do Tiririca


                    Salário: R$ 26.700,00
Ajuda Custo: R$ 35.053,00
Auxilio Moradia: R$ 3.000,00
Auxilio Gabinete: R$ 60.000,00
Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E
INTERNACIONAL  (livre escolha de medicos e clinicas).
Telefone Celular: R$ ILIMITADO.
Ainda como bônus anual: R$ (+ 2 salários = 53.400,00)
Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre
Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano.
Mensalão: A COMBINAR !!!
Custo médio mensal: R$ 250.000,00

Aposentadoria: total depois de 8 (oito) anos e com pagamento integral.
Fonte de custeio: NOSSO BOLSO!!!

Dá para chamar uma pessoa dessa de palhaço?
Pense bem, quem é o palhaço!!
Nem é preciso dizer...

30/05/2011

O FASCÍNIO DE OLHAR

O olhar é uma curiosidade curiosa.
No mundo tudo parece estar voltado para o prazer do olhar, sedento em possuir todas as imagens.
O olhar devora as coisas, nada deixa fora de seu alcance.
Por estas razões, todos os mortais comportam-se sob o cuidado de não tropeçarem frente ao olhar alheio.
Não é a queda que nos incomoda, é o olhar do outro.
Desde cedo, queremos ver tudo.
Queremos ver o aparente e a essência das coisas.
Vivemos dessa tensão da realidade.
Contudo, somos decepcionados pela fragilidade da nossa percepção.
Não conseguimos ver tudo. O tudo e o todo nos escapam.
Por outro lado, a persistência do olhar permanece, pois o mundo nos entra por ele.
Como não satisfazemos todos os desejos, e nem seria possível saciá-los, o olhar
encaminha seu foco para outros mundos acessíveis.
Em uma sociedade como a nossa, mediática e sufocada pela poluição de imagens, nomeada de tantas maneiras, mas que poderia, também, ser chamada sociedade do olhar, a visão, enfadada pela  fixação compulsória de ícones e modelos de telerealidade, vê-se, de maneira abrupta, cerceada da sua fineza inerente.
O grotesco passa a ser o pano de fundo cultural do olhar.
Nesse sentido, a arte e o gosto estético são diluídos nos efêmeros produtos das fábricas de "sonhos".
Isso significa o roubo da capacidade de projetar na vida a dialogicidade do olhar, que, do mundo, extrai seus conteúdos e, depois, os retorna sob a perspectiva humana.
Derrubado de sua poética, de sua virtuosidade artística, o olhar é orientado para a
banalidade que se faz crer real.
Assim, os espetáculos de "realidade", despejados pelo mau gosto da indústria do entretenimento, atravessam, como uma espada, os olhos dos telespectadores.
E os olhos sangrados deixam de ver duplamente o que é invisível aos olhos, o essencial.
Um fato pouco notado nesse redimensionar do olhar, é o que acontece com o estatuto da condição humana.
Só admitimos observar e ver aquilo que acreditamos ser.
Se olhamos com gozo para algo, é porque nossa sensibilidade aceita ver-se no objeto visto, com altivez ou paridade.
O macabro e o horripilante afugentam o olhar.
O inumano cerra os olhos.
Mas os olhares mundiais parecem não achar horripilantes nem macabras algumas pessoas vigiadas,
experimentadas de maneira laboratorial entre quatro paredes. Muito ao contrário, regozijam-se
com o zoológico.
Com "sutileza" o mundo da mídia deram início a novos formatos da condição humana.
Quem poderia imaginar, algum dia, um zoológico humano? Pois é isso o que acontece agora.
Pessoas vigiadas por câmeras, vinte e quatro horas por dia, sinalizam os parâmetros de como
nos percebemos como pessoas e de como nos deixamos manipular pelos sistemas
mercadológicos, que estabelecem a prisão dos pretensos livres que pensam ver aprisionados,
mas são monitorados, pegos pela subjetividade "emancipada" na modernidade.
Vista com mais rigor, essa experiência do olhar, e o seu humano estabelecido, é o
rescaldo de idéias que permanecem no inconsciente coletivo de quem detém o poder de
trabalhar os bens de natureza simbólica.
Todas as vivências totalitárias passadas refletiram, a partir de "castas elevadíssimas", seres de categorias inferiores, manipuláveis e domesticáveis.
Nossa diferença, em relação ao passado, é que nos aceitamos todos sujeitos a estarmos, um
dia desses, nas grades dos olhos eletrônicos.
Damos consentimento fácil aos que querem transformar nossas consciências através das lisonjas da fama.
Deixamos o humano ser reduzido à fictícia realidade do zoológico, sem percebermos a armadilha de um dia sermos devorados pela falta de "humanos demasiados humanos".

21/05/2011

Uma Mulher inteligente falando dos homens... (Fernanda Montenegro)

                                                                                           
O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.
 
Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto,  por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem os Homens!'
 
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
 
1. Habitat
Homem não pode ser mantido em cativeiro.
Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.
Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA.
Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.
 
2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã os mantém viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.
 
3. Carinho
Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.
Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.
 
4. Respeite a natureza
Você não suporta trabalho em casa? Cerveja? Futebol? Pescaria? Amigos? Liberdade?  Carros? Case-se com uma Mulher. Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.
 
5. Não anule sua origem
O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie.
 
6. Cérebro masculino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino.
Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurônios a menos).
Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.
Se você se cansou de colecionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade.
Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você.
Não fuja desses, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.
Não faça sombra sobre ele...
Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás.
Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
 
Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
A mulher  sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.
 
E Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!
 
Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom!
 
Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.
 

Deputado Chico Lopes lidera debates sobre o PNE no Ceará - PCdoB. O Partido do socialismo.

Deputado Chico Lopes lidera debates sobre o PNE no Ceará - PCdoB. O Partido do socialismo.

FURO DE REPORTAGEM: PEDIDO DE IMPEACHMENT DE GILMAR MENDES,, NÃO É NOTÍCIA

Veja o furo de reportagem do blog do Mello
Pedido de impeachment de Gilmar Mendes não é notícia para a “grande imprensa”

Nas versões nas bancas, nos telejornais e portais de notícias da chamada “grande imprensa” não há uma linha, uma frase, uma palavra sobre o pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes protocolado no Senado e na OAB pelo advogado Alberto de Oliveira Piovesan.
A “grande imprensa” que diz que tem o dever de informar, que se diz defensora ardente da liberdade de expressão, de imprensa, não dá informação alguma a seus leitores, telespectadores sobre o pedido. Para quem só se (des)informa por eles, não existe.
Não é possível que não haja uma estratégia por trás disso, uma combinação entre eles. Afinal, é um pedido de impeachment do homem que até há pouco tempo era o presidente do STF, do homem que percorreu o país emitindo opinião sobre os principais assuntos da vida brasileira, como um Simão Bacamarte a defender a sanidade do Judiciário.
Mas, o pedido de impeachment é uma das pontas da informação. A outra é o que há nele, as sérias acusações contra Gilmar Mendes que também não são levadas ao conhecimento da população, a quem a “grande imprensa” (e, mais importante que ela, a Constituição do país) diz ter o direito à informação:
(…) A referida reportagem informou, dentre outros fatos, que o Advogado Sergio Bermudes hospeda o Ministro Gilmar Ferreira Mendes quando este vem ao Rio de Janeiro, e que já hospedou-o em outras localidades, além de fornecer-lhe automóvel Mercedes Benz com motorista.
A citada reportagem informou também que o Ministro Gilmar Ferreira Mendes recebeu de presente, do mesmo Advogado Sergio Bermudes, uma viagem a Buenos Aires, Argentina, quando deixou a presidência do Supremo Tribunal Federal no ano passado (2010). E que o presente foi extensivo à mulher do Ministro, acompanhando-os o Advogado nessa viagem.
A citada reportagem informou ainda que o referido Advogado emprega e assalaria, acima do padrão, a mulher do Ministro. Evidente que no recesso do lar pode ela interferir junto ao marido a favor dos interesses do escritório onde trabalha,
e de cujo titular é amiga intima (sempre segundo a citada reportagem). É o canal de voz, direto e sem interferências, entre o Ministro e o Advogado.

Se comprovados estes fatos, notadamente a viagem de presente, ficará configurada violação de dever funcional, com consequente inabilitação para o cargo, eis que
vedado o recebimento de benefícios ao menos pelo Código de Ética da Magistratura, precisamente seu artigo 17.

Será que nada disso é notícia? Por que o silêncio cúmplice?

Vocação Política

Há dois tipos de indivíduos no meio político. O que vive da política, que vê nessa atividade uma forma de sustento, e o que vive para a política, que encarnaria uma posição mais idealista, sacrificando seus próprios interesses pessoais em nome do bem comum. A política também revela o que o homem tem de melhor, pois seu objeto é essencialmente nobre, estando ligada ao cuidado com o outro. Portanto, a vocação para a política também está relacionada a um sentimento de responsabilidade pelo próximo e por tudo aquilo que influencia a vida de todos. A vocação para a política envolve o gosto apurado pela competição, pela observação das leis e dos padrões éticos e a preocupação especial pelo outro e pelo bem público, exigindo uma forte disposição moral e ESPÌRITO DE COMBATIVIDADE.

Quem se habilita?

20/05/2011

Democracia e suas lutas

"As lutas democráticas são cruciais e são radicais, por estarem fora das lógicas tradicionais da democracia. Devemos aprofundar a democracia em todas as dimensões da vida. Da cama até o Estado, como dizem as feministas. Mas também com as gerações futuras e com a natureza, o que é urgente para deter a destruição do planeta.
Nosso objetivo é sair de uma democracia tutelada, restrita, de baixa intensidade, para chegar a uma democracia de alta intensidade, que torne o mundo cada vez menos confortável para o neoliberalismo. Mas a realidade não muda espontaneamente. Em política, para fazer algo é preciso ter razão a tempo, no momento oportuno, e ter força para impor essa razão."

O bom impostor - Luis Lopes

Não sei por que, toda vez que penso nas imposturas e nos impostores me vem à cabeça a imagem daquele deck molhado, das algemas, do calor, da chuva fina e irritante de um janeiro. Há fatos na vida que jamais se esquecem e que nos perseguem para sempre. Talvez, as histórias tenebrosas de fantasmas falem de fato disto. Refiram-se ao que não podemos abandonar mesmo passados trinta, quarenta anos, aquilo que nos atormentou e continua retornando como um pesadelo. Um sonho, sim, um sonho mau, algo que ocorreu e nos catapultou para o presente. Não há como apagar e fingir que não se passou, a não ser que aceitemos as razões e as práticas dos impostores.

De acordo com o que eles pensam, construir a impostura é quase uma obrigação. Eles a fazem com tal denodo que, aos olhos de outros, ela passa com algo insofismável, uma verdade a quem todos devem reverenciar. É lógico que estes são os impostores hors concours, os que já ganharam todas as medalhas e medalhões de que falava Machado. Existem os aprendizes que nunca chegam lá e, ainda, os que gostariam de ser, mas não conseguem sequer se aproximar do desempenho dos que querem aprender. A gradação das imposturas é proporcional às mediocridades de seus autores e atores.


Um dos impostores que conheci é uma figura surreal. Se fosse possível retornar no passado, olhando-se para ele, sem ter tido qualquer contato anterior, ver-se-ia que havia algo estranho com o resultado final da composição de seu personagem. Ele não era alto e nem baixo, nem branco ocidental e nem negro brasileiro. Tratava-se de um moreno, tal como isto é entendido no país. Na verdade, um afro-europeu-indígena brasileiro com todas as nuanças que, como na maioria de nós, indicam o resultado histórico-biológico da miscigenação.


Seu fenótipo bastante comum, hegemônico no Brasil, tem pouco a ver com sua gestualidade. O problema é que esta era construída na contramão do que ele realmente significava. Em tempo, esta figura representava um papel. Vamos, com cuidado, porque, seguramente, cada um de nós também representava, sendo personagens do mesmo contexto! Sem esquecer, que há impostores de todas as cores, por razões óbvias, os mais brancos costumam praticar mais imposturas do que os de outras etnias. O padrão de tal comportamento é masculino, entretanto, nada impede que se encontrem mulheres exercendo o mesmo papel.


O problema é que quando me lembro deste impostor específico, recordo-me de tantos outros, tão diferentes e, absurdamente, tão semelhantes em gênero, número e grau. O que me obriga a escrever este texto não é maior ou menor dos que infestaram a República e que antes poluíam a paisagem do Império. Aliás, eles vagam por aí, de há muito, como o casaco de Gogol. São meio fantasmagóricos porque nem sempre se percebe o que realmente são. Eles têm nome, profissão e, normalmente, são muito conhecidos. Adoram aparecer, não aceitam o anonimato da maioria dos demais mortais. Querem que os contornos de seus corpos e gestos, inclusive orais, sejam mantidos na eternidade. Imaginam-se como entes superiores e destinados a se tornar exemplos e a ser reconhecidos por todos.


Os impostores não podem ser pobres em demasia. Precisam de algum dinheiro, para construírem seus personagens. Suas imposturas precisam de eco social, logo, só podem existir, havendo a demanda dos que querem ou precisam ser enganados. Dificilmente, são ricos de tradição. A riqueza é um monstro de duas cabeças. Numa, ela ostenta sua verdade nua e crua, só existe a riqueza, acompanhada da miséria e da mais violenta exploração do homem pelo homem. Na outra, ela é necessariamente uma impostura. Quando se tenta justificá-la, esbarra-se sempre no rio de mentiras que precisam ser contadas, tal como se faz com o vil metal. Os ricos impostores, normalmente, são os que jamais conseguiram esconder bem o modo de vida que resultou em tanto dinheiro.


O meu personagem não é rico, nem pobre. Aliás, detesta suas origens humildes, e faz o que pode para camuflá-las. Vive bem, mas gostaria de ter muito mais. Não mede esforços para chegar ao topo e dizer que venceu por efeito de sua competência. Bom, sabe-se que isto jamais será verdadeiro, mas, ele acredita e é o que basta para o seu ego. O bom impostor tem de ser crédulo na sua impostura. Se tiver dúvida, o disfarce pode cair e deixá-lo em maus lençóis. O seu comportamento precisa ser inabalável e ele terá sempre a resposta para qualquer questionamento.


Não sei por onde anda o meu impostor. Se estiver vivo, pelo tempo passado, já deve estar recolhido a sua insignificância pessoal. Nesta hipótese, será que ele recorda do que viveu naquela época? Será que, convenientemente, esqueceu de tudo? Duvido, eles não esquecem, o esforço da impostura demanda o de memória. O seu mundo precisa ser absolutamente arrumado, limpo e podado de qualquer coisa inconveniente. O que sei é que ele, como havia previsto, não deve ter chegado muito longe. Afinal, para o Brasil ele era negro.


Por aqui, ainda não gostam de afro-brasileiros na posição de maior comando. Mesmo que não sejam absolutamente negros. Sua impostura fundamental consistia em reafirmar uma ordem que o excluía, também. Tal como ele sabia e dizia, na mesma época. Obviamente, não tirava disso qualquer conclusão mais ousada. Um bom impostor é disciplinado, agüenta o tranco e não reclama, esperando sempre as sobras que irá sugar. Mesmo querendo ser o maior, ele aceita ficar no meio da estrada, pois conhece o seu verdadeiro lugar, que é determinado por alguém de maior poder. Imagine-se, no Brasil, um presidente negro! Agora, se pode falar que isto é coisa de americano ...


O meu impostor não tinha muita coisa especial. Seguiu o riscado de suas escolhas, fazendo o que os seus mestres mandaram. Pisou em quem tinha pudor e não aceitava as vilanias do poder. Calou-se, no momento, que era imperioso que se ouvisse sua voz. Jamais teve amigos de fato e nem amores verdadeiros. Acomodou-se a cada contexto, sempre dizendo que nada havia a fazer contra a ordem que também o oprimia. Não quis saber de ninguém e hoje anda esquecido, possivelmente largado por aí. Desempenhou o seu papel, ou melhor, o que considerou que era o que deveria fazer. Não recebeu aplausos, nem vaias. Simplesmente, emudeceu sem nunca ter falado. Paralisou-se, sem jamais ter dançado. Afinal, ele era apenas um impostor.