Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

02/02/2012

Há 15 anos, música brasileira perdia Chico Science


Portal Vermelho


Há exatos 15 anos, no dia 2 de fevereiro de 1997, se calava uma das vozes mais brilhantes da nova geração da música brasileira. Enquanto dirigia de Olinda para Recife, Chico Science, que liderava o grupo Nação Zumbi, perdeu o controle do Fiat Uno que dirigia, se chocou contra um poste e morreu, aos 30 anos - interrompendo uma carreira em ascensão.


Chico Science em São Paulo, em 1994 / Foto: AE

Porém, os pouco mais de sete anos em esteve na ativa foram suficientes para que Francisco de Assis França, como era seu nome de batismo, causasse uma revolução na música brasileira e recolocasse Pernambuco no mapa cultural do país.

O início da virada começou quando, junto com Fred Zero Quatro, da banda Mundo Livre S/A, lançou o manifesto Caranguejos com cérebro. O texto foi o pontapé inicial do movimento manguebeat, que misturava ritmos regionais como o maracatu ao rock e à música eletrônica. A iniciativa chamou não só a atenção de gravadoras como a Sony e a Virgin, como do Brasil inteiro.

A banda que mais se destacou foi a Nação Zumbi. O grupo fez shows em Belo Horizonte e São Paulo e se projetou para a mídia nacional. Lançado em 1994, Da lama ao caos até hoje é exaltado como um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos e projetou o grupo. O álbum trazia músicas como Samba MakossaRios, pontes & overdrivesA cidade e a faixa que lhe deu título. Logo Chico Science era o porta-voz de toda uma geração e um dos responsáveis por renovar o rock nacional, junto de bandas como Planet Hemp e Raimundos, que terminaram se desintegrando.

Afrociberdelia, de 1996, trouxe ManguetownMacô Maracatu atômico e levou a Nação Zumbi a excursionar pelo país. Mas Chico aproveitou pouco o sucesso de seu segundo rebento, lançado em junho, já que, cerca de sete meses depois, aconteceu o acidente que lhe tirou a vida.

Legado

A morte de Chico Science, claro, enfraqueceu bastante a cena musical do Recife. Sem seu rosto mais conhecido, as bandas pernambucanas enfrentaram dificuldades e chegou até a se cogitar o fim da Nação Zumbi.

Mas a banda resistiu à morte do seu líder, promoveu Jorge du Peixe para o vocal e segue na ativa, fazendo shows e lançando bons discos, como Rádio S.Amb.A., de 2000 e Fome de Tudo, de 2007. O Mundo Livre S/A também continua produtivo e lançou em 2011 o disco Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa. O grupo perdeu em 1996 o percussionista Otto, que se lançou em carreira solo e tem um trabalho relevante, lançando em 2009 o álbum Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos.

E bandas como Mombojó, Eddie, Nuda e Cordel do Fogo Encantado e artistas como China, Lirinha e Karina Buhr fecham a conta do legado de Chico Science. Com público no Brasil inteiro, carreiras sólidas e relevância musical, estre grupos comprovam que o som feito em Pernambuco continua forte e que a missão de abrir caminhos rumo ao resto do país foi cumprida com louvor por Chico Science.

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