Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

16/02/2012

Paulo Bernardo também cede às pressões dos barões da mídia ( Leandro Fortes)


O ministro Paulo Bernardo, ao que parece, é o ministro Hélio Costa renascido, mas
sem a vasta e grisalha cabeleira global. Apóia todas as demandas dos
oligopólios, desde o impedimento de “regulação de conteúdo”, à esparrela
de controlar capital estrangeiro em sites jornalísticos na internet. Nem uma
palavra sobre a única questão que realmente interessa nessa discussão, que
é a proibição, pura e simples, da propriedade cruzada.

Esse sistema, pilar do poder dos conglomerados de comunicação do
 país, permite às organizações de mídia controlar jornais, rádios, TVs e portais
 de internet, tudo ao mesmo tempo. Sistema que coíbe a concorrência, impõe
 pensamento único, cala as divergências e torna invisíveis os movimentos sociais e
populares. É uma ditadura, curiosamente, consolidada sob o refúgio de uma falsa
liberdade de imprensa e de expressão – dois conceitos diferentes, mas
deliberadamente misturados para interditar essa discussão.

O próprio conceito de “regulação de conteúdo” é colocado de forma enviesada,
 de maneira a se confundir com censura, inclusive de veículos impressos e de
internet, quando, na verdade, diz respeito apenas às concessões de radiodifusão.

Sequer se trata de censura prévia, mas de normatização de um espaço público
 dominado, atualmente, pela baixaria e pela manipulação informativa. Sem falar
na questão da classificação de horário por faixa etária, da qual o governo Lula,
depois de fazer um longo estudo, abriu mão por pressão das grandes emissoras de TV.

Sobre a questão do capital estrangeiro na internet, tudo beira a piada e
 a um desconhecimento grotesco da dinâmica da rede. A internet é universal e
transnacional por natureza. Eu posso montar uma empresa em Miami e só publicar
 matérias sobre o Brasil, a partir de uma equipe free lancer contratada em
Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Os oligopólios da mídia estão se pelando de
medo é das telefônicas, que têm potencial e dinheiro para criar uma nova política
de conteúdo na rede, longe das amarras dos velhos esquemas. É sobre isso que o
governo e o Congresso Nacional devem legislar, e não ficar fazendo a vontade dos
 barões da mídia. Senão, caminharemos, como de costume, para a submissão e o
abismo das oportunidades perdidas.


Carta Capital

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