Prensa Latina
O Fórum de ministros da América Latina e Caribe exigirá do mundo um olhar de longo prazo e ações para proteger o planeta, afirmou a ministra equatoriana de Patrimônio, María Fernanda Espinosa.
Em entrevista à Prensa Latina, Espinosa confirmou a presença de 20 ministros e delegações de 32 países no 18º Fórum Regional de Meio Ambiente que se realizará em Quito, antes da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em 5 de fevereiro, em Caracas.
Esperamos, disse, ter como resultado uma Declaração de Quito, com duas ou três ideias fortes que sejam incluídas na manifestação dos mandatários da Celac, e o conteúdo suficiente para servir de plataforma para a próxima Cúpula Rio+20 no Brasil.
“Os tempos ecológicos são diferentes aos tempos políticos, a crise ecológica é longa duração e a responsabilidade política de um ou outro governo é bem mais curta que o que significaria um compromisso político de longo prazo”, disse.
“Agora”, comentou, “os Estados Unidos estão empenhados em responder à crise fiscal de endividamento a todo custo e ajusta sua economia com a precarização do emprego, retrocesso da segurança social e flexibilização das normas ambientais”.
“Isso”, afirmou a servidora pública, “porque não há um olhar de longo prazo que é o que estamos exigindo para proteger o planeta”.
Ela classificou como vantajoso o fato de a maior parte dos países da América Latina ter essa consciência. Sendo assim, a realização da Cúpula Rio+20 nesta região não seria coincidência.
“A América Latina tem muito que dizer”, enfatizou Espinosa, “porque somos uma das regiões mais ricas em recursos naturais do planeta, crescemos economicamente e devemos garantir a diminuição dos custos ambientais”.
“Sabemos”, esclareceu, “que a única maneira de garantir a continuidade da vida e da sociedade no planeta é através de uma contração do consumo das elites em nível mundial e que se requer uma profunda reengenharia produtiva com tecnologias não contaminantes”.
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