Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

27/10/2012

Base aliada de Dilma se divide no Rio para o segundo turno


Dilma
Em Caxias, PT apoia a Alexandre Cardoso do PSB
O quebra-cabeça político formado pelas disputas e alianças que são travadas nas sete cidades do Rio de Janeiro onde haverá no domingo o segundo turno das eleições é um teste para a convivência pacífica entre os principais partidos da base aliada ao governo de Dilma Rousseff. Ora divididos, ora alinhados, PT, PMDB e PSB disputam os votos de três milhões de fluminenses em alguns dos maiores polos econômicos regionais do Estado. Haverá segundo turno em Niterói, São Gonçalo, Volta Redonda, Petrópolis, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo.
Motor econômico da Baixada Fluminense, Duque de Caxias traz o cenário politicamente mais interessante de se observar, pois, coisa rara no Rio, coloca em palanques separados o governador Sérgio Cabral e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lá, para incômodo da mídia tradicional que insiste em bater na tecla do rompimento entre os dois partidos, o PT apoia o PSB e seu candidato Alexandre Cardoso contra Washington Reis, do PMDB. Ainda não foi divulgada nenhuma pesquisa de opinião sobre o segundo turno da eleição na cidade. No primeiro turno, Cardoso obteve 34,4% dos votos válidos, contra 31,5% obtidos por Reis.
Ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo Cabral, Alexandre Cardoso tem boa relação com o governador, mas o maior incentivador de sua candidatura foi o senador petista Lindbergh Farias, que almeja chegar ao Palácio Guanabara em 2014. Nesse contexto, o governador aposta na vitória do correligionário Washington Reis, que, mesmo tendo um passado de muita proximidade com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), tornou-se figura central no PMDB de Cabral para neutralizar o fortalecimento de Lindbergh na Baixada Fluminense, onde o petista já governou Nova Iguaçu. O candidato já declarado de Cabral em 2014 é o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão, também peemedebista.
É justamente na vizinha Nova Iguaçu, dando mostras do dinamismo da política na Baixada, que o improvável cenário de separação de palanques entre o PT e o PMDB se repete. A candidata Sheila Gama, do PDT, tendo o ex-presidente estadual do PT, Alberto Cantalice, como vice em sua chapa, conta com o apoio petista contra Nélson Bornier, do PMDB, que tem o apoio do governador. Também não há pesquisas relativas ao segundo turno na cidade. No primeiro turno, Bornier obteve 39% dos votos válidos, contra 20,1% da candidata pedetista.
A disputa em Nova Iguaçu traz outro ingrediente interessante, já que Lindbergh e Cabral estão sendo obrigados pelas circunstâncias político-eleitorais a engolirem antigos desafetos. Sheila Gama teve sérias desavenças políticas com o senador quando este era prefeito da cidade, fato que fez com que Lindbergh se mantivesse neutro no primeiro turno. O também ex-prefeito Nélson Bornier sempre se posicionou na ala do PMDB leal a Garotinho, apesar de não ter deixado o partido junto com o ex-governador, fato que irrita Cabral particularmente.
Lindbergh e Cabral, entretanto, foram convencidos pelas direções regionais e nacionais do PT e do PMDB a apoiarem os respectivos candidatos. Mais uma vez, o objetivo é não fortalecer Garotinho – que também mantém relações políticas com Sheila Gama – para a disputa estadual de 2014.

PT e PMDB unidos
Na maior parte das cidades em disputa prevalece a aliança entre PT e PMDB. É o caso de Niterói, onde o ex-secretário de Ação Social do governo Cabral, Rodrigo Neves (PT), enfrenta Felipe Peixoto (PDT), também ex-secretário de Cabral. O candidato petista conta com o apoio declarado deDilma, Lula e Cabral e é figura representativa da aliança firmada há seis anos entre PT e PMDB no Rio. Mas, não se sabe qual seria sua postura concreta no caso de um embate direto entre Lindbergh e Pezão em 2014. Na cidade litorânea, uma pesquisa realizada em 15 de outubro pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS) mostra Neves com 49,4% e Peixoto com 32% das intenções de voto.
Em Petrópolis, PMDB e PSB se enfrentam com os candidatos Bernardo Rossi e Rubens Bomtempo. Na última semana de campanha, a cidade da Região Serrana do Rio recebeu no mesmo dia a visita de dois caciques nacionais. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, participou na terça-feira de um comício ao lado de Bomtempo, enquanto o vice-presidente da República, Michel Temer, acompanhou Rossi em atividades de rua. O candidato do PMDB também conta com o apoio do PT, que teve candidato próprio no primeiro turno, Paulo Mustrangi, mas conseguiu apenas o terceiro lugar.
Bomtempo, que já foi prefeito de Petrópolis por oito anos, chegou a ter sua ida ao segundo turno ameaçada pela Lei de Ficha Limpa, mas sua candidatura foi finalmente liberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 18 de outubro, dez dias antes das eleições. O pouco tempo de campanha motivou a ida de Eduardo Campos à cidade. Já Michel Temer, sempre acompanhado de Cabral e do prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes, esteve também em Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Volta Redonda para prestar apoio aos candidatos do PMDB. Também não há pesquisas de intenção de voto relativas ao segundo turno em Petrópolis.
Fator Garotinho
Nas outras três cidades onde haverá segundo turno, os partidos da base aliada ao governo Dilma estão lado a lado contra um adversário comum, o ex-governador Garotinho, que saiu fortalecido das urnas no primeiro turno e também já declarou sua intenção de se candidatar ao governo do Rio em 2014. A disputa mais acirrada se dá em São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do Estado, onde Adolfo Konder (PDT), candidato da atual prefeita, Aparecida Panisset, e apoiado por PT e PMDB, enfrenta Neilton Mulin (PR).
Após a reeleição de Rosinha para a prefeitura de Campos no primeiro turno, Mulin tem merecido a atenção prioritária de Garotinho, que aposta em seu viés de alta. O candidato do PR obteve vaga no segundo turno ao ultrapassar nos últimos dias de campanha a candidata apoiada por Cabral, Graça Mattos (PMDB). No primeiro turno, Konder recebeu 41,6% dos votos válidos, enquanto Mulin recebeu 25,2%.
Em Volta Redonda, o atual prefeito, Antônio Francisco Neto (PMDB), conta com o apoio de toda a base aliada para derrotar o candidato de Garotinho, Jorge Zoinho (PR). Uma pesquisa realizada pelo Instituto Orbital nos dias 10 e 11 de outubro mostra uma situação de empate técnico entre os candidatos. Zoinho aparece com 50,7% das intenções de voto, contra 49,3% de Neto. O candidato peemedebista mereceu especial atenção de Cabral, Temer e Pezão nos últimos dias, já que a eleição em Volta Redonda é considerada um teste de fogo para o vice-governador, que foi prefeito da vizinha Piraí e goza de grande popularidade na região.
Em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense, o candidato de Garotinho é Waguinho, do PRTB. Ele surpreendeu no primeiro turno ao atual prefeito, Alcides Rolim (PT), que chegou em terceiro lugar, apesar de contar com os apoios de seu partido e do PMDB de Cabral. Para vencer o segundo turno, a base aliada conta com a candidatura de Dennis Dauttman, do PCdoB, que aparece na pesquisa feita pelo IBPS com 58,3% das intenções de voto contra 26,5% do adversário. A direção nacional comunista também aposta seus esforços na vitória de Dauttman que, além de garantir ao PCdoB a administração de uma importante prefeitura, pode fortalecer o nome da deputada federal Jandira Feghali, também com olhos em 2014.
Por Correio do Brasil

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