Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

08/04/2012

Cachoeiras de Tramoias ( Amarílis Tupiassu)

A honradez, a verdade, a defesa do bem comum esfumaçam-se no Brasil entre arremedos da palavra Democracia.
Vivemos uma democracia de casca, o vocábulo hoje sem conteúdo certo. Só casca e palavrório.
Arremedos. Poder-se-ia dizer, fingimento, ilusão, ou melhor, enganação, nossa Democracia hoje propagandeada como a maravilha dos regimes governamentais.
Muito, muita propaganda e encenação do, como reza a  Carta Magna, "todos são iguais perante a lei", para constar, a Carta descaracterizada sob as escoras de enganosos discursos parlamentares da casta política. 
E pior: os gargantas desta sacrossanta Democracia são custeados pelos sofridos impostos do trabalhador, que paga porque tem que pagar, sem tugir, nem mugir, seu salário de vento transformado em renda.

Difícil transformar o país da pizza em vera, veraz Democracia, sanar, equacionar, resolver antigos, os calejados problemas deste Brasil emperrado em rolos fícticios de discurseira.
Dizer que o Brasil vive o ponto culminante do regime democrático é o que os políticos gritam, porque, no que respeita ao dizer, todo mundo diz o que bem entende para o bem e para o mal, enquanto, na vida real, questões gravíssimas se eternizam resolvidas da boca para fora.
Da boca para dentro, ronrona a barriga vazia do povo, sobrevivendo do jeito que dê, grande parte sumida na marginalidade.

Vejamos o campo das leis. Os das cúpulas governantes o que mais fazem é inventar leis para tudo, inimagináveis leis.
Você! por acaso tem idéia de quantos projetos as sapiências governamentais transformam em leis de fato?
Leis, muitas que só rindo, solenes papas de bobagem para acompanhar a pizza no vasto  e democratíssimo país onde tudo dá em piada.
Pense, imagine, faça cálculo, mesmo que por cima, isso, quantas leis passam por dia nas câmaras das altas decisões pátrias? 
São muitas, quase inumeráveis a brindar o "oh, que isso está bom demais", graças à barafunda  de leis, como a da Copa, um jogo de toma que o filho é teu, como a decisão sobre a bebedeira em campo, a jogada enfiada à decisão dos governadores dos estados que sediarão  os jogos.
Se fosse coisa boa, pacífica, linda, as excelências do Planalto dariam aos governadores o arbítrio sobre embebedar-se ou não a torcida nos campos de futebol?

E a lei que apurou as sujidades do mensalão, cadê? Funcionou, funciona? Sim, sim, nos fornos da pizza!
Agora, ante a infecta tramoia que rola no senado, palco do ex-digníssimo Demóstenes, a grita é tanta, que, parem! A coisa vai dar em nada. Certo é que um nauseante - e preso - bicheiro dava ordens a um senador.
E já um advogado empina-se, franze a cara (de pau) indignada, a berrar que é ilegal a conversa do Demóstenes com Cachoeira, coisa vinda de 2009.
Por lei, papo senatorial não pode ser gravado. Os caras se blindam com o tal de foro privilegiado.

Invertamos, porém, a ordem dos fatores. Gravaram-se as bicadas de um gavião-bicheiro e fisgou-se o gaviãozaço do senado em grossa rapinagem. E ai, elementar, meu caro Watson, diz Sherlock, a gravação "podeu", como dizem as crianças em inicio de falação.

Assim a carruagem larápia segue lesta e lépida. Dizem agora que uma ministra teria derrapado em fétido mar de barcas. Milionárias. Trocas de favores de mi-bilhões.
Incríveis os mui dignos discursos à corrida ao cofre pátrio. No passará, sujar-se-a, eles ainda passarão impuneis, será? nessas barcas mui democráticas?



Um comentário:

  1. Infelizmente, no país em que vivemos, me surpreenderei quando vir o mais forte sendo julgado adequadamente.

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