Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

09/10/2011

A influência de Lennon no rock cubano ou vice-versa

Nos anos 1960, a música dos Beatles foi proibida em Cuba. Isso não impediu que o grupo conquistasse fãs entre os jovens da ilha e até mesmo seguidores, que montaram bandas de rock clandestinas inspiradas no grupo inglês. Mais de 50 anos depois, essas bandas ainda existem e comemoram com festa o aniversário do maior ídolo beatle, John Lennon, que faria 71 anos em 9 de outubro.

Por Christiane Marcondes


Estátua de Lennon em Havana
Estátua de Lennon em Havana

“Elvis Presley morreu quando entrou para o exército”, com esta frase John Lennon “enterrou” prematuramente seu maior concorrente e consagrou-se, dizem os tietes, como “o maior compositor e mais influente artista político do século 20”.

O segundo título, que faz referência ao engajamento político, talvez tenha sido o fator determinante da homenagem que Lennon recebeu em Cuba vinte anos depois de sua morte: uma estátua de bronze inaugurada em Havana pelo próprio Fidel Castro.

Proibição

A música de Lennon foi proibida na ilha comunista durante cerca de vinte anos, mas reabilitada na década de 1980 e eternizada no ano 2000 com a homenagem de Castro, que declarou: “Eu compartilho os sonhos dele completamente. Eu também sou um sonhador que viu seus sonhos se tornarem realidade”.

Com certeza, Lennon colocou tanto “crítica” como “sonho” nas suas letras. “Imagine”, por exemplo, é um convite à utopia, descreve um mundo justo, solidário, pacífico. E possui crítica nas entrelinhas. Não passou, no entanto, pela censura cubana dos anos 1960 e 1970, que proibiu a reprodução e o consumo da produção dos Beatles por considerar que as músicas do grupo veiculavam os decadentes valores morais norte-americanos.

Transgressão

A proibição não refreou a paixão musical dos jovens cubanos, já interessados no movimento cultural de grandes proporções que estava ocorrendo nos Estados Unidos e Europa. Eles se rebelaram e conseguiram acesso aos “long plays” do grupo, que escutavam em sessões secretas na calada da noite.

Mais que isso: reuniram-se em bandas como Los Kents e Los Gafas, ambas originárias dos anos 1960, inspiradas nos Beatles e atuantes até hoje. Os dois grupos vão se apresentar na semana de homenagem a John Lennon, que se encerra no próximo domingo, dia 9, quando ele completaria 71 anos. Dos concertos noturnos, que farão parte da celebração, também participarão bandas mais contemporâneas como Geans, Magical Beat e Partes Privadas.

Trip no submarino amarelo

O tributo ao artista, assassinado em Nova York em 1980, em Nova York, nos Estados Unidos, acontecerá no Centro Cultural Submarino Amarelo, no bairro El Vedado, na capital Havana. O nome do espaço cultural não deixa dúvidas: os Beatles fazem parte da história cubana. O contrário também é verdadeiro, segundo os organizadores da semana de homenagens. Entre os eventos está programada uma conferência, seguida de debate, com o revelador nome de “a transcendência de John Lennon e a presença da música cubana nos Beatles".

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