Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

27/09/2011

O violão vadio exuberante de Baden Powell (Marcos Aurélio Ruy)

Há 11 anos, no dia 26 de setembro, a música popular brasileira perdia um dos seus grandes músicos, o violonista Baden Powell de Aquino.



Baden Powell, juntamente com Vinicius de Moraes, criou o chamado afro-samba, numa das principais parcerias da música popular brasileira. Baden percebeu que os “cânticos afros tinham semelhança com os gregorianos e passou a compor melodias em cima das duas vertentes”, afirma texto do site www.biscoitofino.com.br.

Baden, que estudava música gregoriana, entusiasmou-se pelo candomblé e a sua música, e Vinicius era encantado com o samba de roda e o candomblé da Bahia. Os dois, que se conheceram em 1962, gravaram o LP “Afro-sambas” em 1966, tornando-se uma das parcerias mais profícuas da MPB. É desse disco o clássico “Canto de Ossanha”.

Seu pai lhe deu esse nome por que seu pai era fã do escotismo do general britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. Bem, o menino não tem culpa disso. Baden nasceu em Varre-Sai, distrito do município de Itaperuna no Norte do estado do Rio de Janeiro. Mas passou sua infância em Vila Isabel e São Cristóvão, na cidade do Rio, onde teve contato com sambistas de primeira linha. Também levado pelo amigo capoeirista Canjiquinha, aproximou-se da capoeira e do candomblé, utilizando elementos dessas duas formas de expressão artística, religiosa e corporal em sua arte.

Influências do grande músico

Fou muito influenciado pelo guitarrista de jazz, nascido na Bélgica e cigano, Django Reinhardt, considerado um dos maiores guitarristas do mundo, criador do gypsy jazz, ou jazz cigano. E pelo guitarrista norte-americano Barney Kessel, também de jazz, pelo músico alemão jazzístico Joachim Berendt, pelo saxofonista norte-americano Stan Getz, um dos maiores divulgadores da bossa nova nos Estados Unidos.

Getz chegou a compor em parceria com João Gilberto e Tom Jobim. Ainda teve forte influência do instrumentista de corda paulista Aníbal Augusto Sardinha, conhecido como Garoto, e do violonista e compositor carioca de chorinho, Dilermando Reis, entre outros grandes artistas.

Baden estudou canto gregoriano com o maestro Moacyr Santos e da mistura da música clássica com a popular brasileira tornou-se um dos nossos principais músicos. O violonista fluminense sucumbiu ao alcoolismo e faleceu no dia 26 de setembro de 2000, aos 63 anos de idade.

Suas canções e o seu modo inovador de tocar violão deixam saudades em todos os amantes da MPB, um dos grandes nomes de uma vertente da bossa nova, com influência sobre uma gama de autores compositores de gerações posteriores.

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