A pedido de nosso colunista Urariano Mota, autor de Soledad no Recife, reproduzimos abaixo-assinado do Recife para Barack Obama:
Nós,
abaixo-assinados, brasileiros, intelectuais, médicos, advogados,
artistas, parlamentares, escritores, militantes de direitos humanos,
trabalhadores em geral, reivindicamos a libertação dos cidadãos cubanos
Antonio, Fernando, Gerardo, Ramón e René, presos em manifesta injustiça
nos Estados Unidos, pelo governo Bush desde 1998, e, até a presente
data, mantidos privados de liberdade pelo seu governo, Presidente Obama.
Como é do
conhecimento e clamor universal, cinco cidadãos cubanos estão
arbitrariamente presos nos Estados Unidos, cumprindo elevadas penas.
Nenhum deles cometeu um só crime ou atentou contra o governo ou povo dos
Estados Unidos. Pelo contrário, eles nada mais fizeram a não ser
procurar impedir, em território estadunidense, ações terroristas contra o
povo cubano. A prisão desses patriotas é uma injustiça que se comete
não somente contra Cuba, mas contra os povos do mundo que se encontram
irmanados na preocupação que têm com a sorte de cinco injustiçados.
Senhor
Presidente Obama, o que os cubanos ora condenados, à revelia até do
devido processo legal dos Estados Unidos, fizeram foi exercer o legítimo
direito, consagrado nos costumes de todos os povos civilizados, de
impedir ações de terroristas contra uma nação soberana e independente,
cujo poder vem da expressa vontade popular.
Julgamos ser
incompreensível e inaceitável que uma Nação, que se proclama liderança
mundial na luta contra o terrorismo e seguidora dos direitos humanos,
mantenha presos cinco patriotas que nada mais ambicionaram que procurar
evitar atos terroristas contra o próprio país. Enquanto esses cinco
antiterroristas cumprem penas, Senhor Presidente, muitos terroristas que
já cometeram inúmeros atentados contra Cuba e são responsáveis por
dezenas de mortes, como no caso dos 73 passageiros do avião cubano que
explodiu na costa de Barbados em 1976, numa ação terrorista de Luiz
Posada Carrilles e outros criminosos, continuam a circular livres nos
Estados Unidos.
Acreditamos
ser próprio de um detentor do Nobel da Paz a sensibilidade para este
clamor de justiça que ora lhe dirigimos. E por não perdermos a esperança
na paz e na boa vontade, que devem existir entre todas as pessoas do
mundo, subscrevemo-nos.
Recife, 17 de dezembro de 2012
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