Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

27/06/2011

Militares no poder, nunca mais!

(texto atribuído erradamente a Millor Fernandes, atribuição equivocada, vez que Millor, que combatia o regime militar no seu semanário "O Pasquim", jamais poderia tê-lo escrito ainda que em termos irônicos).
Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças.
Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora, sem contar a mania de abrir novas estradas de norte a sul e de leste a oeste, o que deixou os motoristas atarantados e perdidos, sem saber qual caminho tomar para chegar ao destino.
Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que vinham do sul, passando pelo Rio, em direção às cidades litorâneas do sudeste acima do Rio e nordeste, contornando a baía num percurso de mais de 100 km. Encurtaram o tempo de viagem entre Rio e Niterói, é verdade, mas acabaram com aquela gostosa espera pela barcaça que levava meia dúzia de carros de um lado a outro da baía.
Criaram esse maldito Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. E, para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); mas nem isso adiantou nada, porque, com o álcool mais barato que a gasolina, permaneceu o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do inventado combustível.
Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.
Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego em milhares de obras, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo, o que veio a ser outra desgraça, porque, além de atrair mais inveja, infernizou a vida dos que moravam perto dos estaleiros, com aquela barulheira da construção desenfreada.
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Ora! Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. Por causa disoo, o Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.
Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para o início das obras e, com elas, atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.
Inconseqüentes, injustos e perversos, esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque esses, que os milicos, em flagrante exagero, chamavam de terroristas, soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
Os militares são muito estressados. Fizeram tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.
Para piorar a coisa, se tudo isso ainda é pouco, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder dos empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.
Outras desgraças criadas pelos militares:
Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que, por falta do que fazer, inventou o sistema PAL-M.
Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM e mais um penca de instituições, cujo amontoado de siglas nos levou a confundir nomes.
Todo esse estrago e muito mais, os militares fizeram em 22 anos de governo. Com isso, ganharam o quê? Inexplicavelmente nada. Todos os Generais-Presidentes foram para casa, levando apenas o soldo do posto. Se tivessem ficado ricos, um pouquinho que fosse, ainda dava para entender essa quantidade absurda de obras. O último deles, um tal Figueiredo, que sofria de um mal na coluna, teve que se valer de amigos para pagar tratamento com especialista. Ora! Então essa zoeira toda de obras foi só para complicar a vida simples das pessoas.
Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:
"Militar no poder, nunca mais!!!".

24/06/2011

Morre Lentamente

Morre lentamente....
Quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música.
Quem destroi o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.


Morre lentamente....
Quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto.
Quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova.
Quem não conversa com que não conhece.

Morre lentamente....
Quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e "os pingos nos is"
a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropêços, sentimentos.


Morre lentamente....
Quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho;
Quem não arrisca o certo pelo errado atrás de um sonho;
Quem não se permite uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente....
Quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante.
Quem desiste de um projeto antes de iniciá-lo.
Quem não pergunta sobre um assunto que desconhece e não responde
quando lhe indagam o que sabe.


Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar.


Estejamos vivos então!

País sem miséria é país sem pessoas abandonadas


A pior herança recebida pelo governo Lula do governo FHC foi a desigualdade social. O Brasil era o país mais desigual da América Latina que, por sua vez, era o continente mais desigual do mundo.

Essa desigualdade não era alterada nem em democracia, nem em ditadura, nem em ciclos expansivos, nem nos recessivos da economia brasileira. Era um fator estrutural, herdado da colonização e da escravidão, da persistência do latifúndio, acentuado pelas politicas da ditadura militar de arrocho salarial e favorecimento do grande capital. Não bastasse isso, a década neoliberal dos 90 do século passado, acentuou ainda mais as desigualdades.

As maiores transformações que o Brasil sofreu no governo Lula foram na sua inserção internacional – do privilégio das relações com o norte, para relações prioritárias com o sul – e na diminuição significativa da desigualdade no plano interno.

A articulação entre a política econômica e as políticas sociais promoveu um processo de distribuição de renda, estendendo e aprofundando o mercado interno de consumo popular como nunca havia acontecido na nossa história. A projeção feita pela empresa Data Popular para a revista Carta Capital desta semana projeta para 2014 – o ano do final do mandato atual da Dilma – uma classe C (no critério de distribuição de renda) de 58,5% da população (era de 38,8% em 2002, ano do começo do governo Lula). Os mais pobres, que eram 9,3% em 2002, tornaram-se 4,9% em 2010 e seriam 2,7% em 2014.

Estaríamos numa situação praticamente de erradicação da extrema pobreza, da miséria, com um resíduo muito difícil de chegar a reduzir a zero. Hoje ainda convivemos com mais de 10 milhões de pessoas vivendo (ou, sabe-se lá como, sobrevivendo) com até 39 de reais por mês.

Mesmo com essas transformações extraordinariamente positivas - maior mérito do governo Lula -, não se pode pensar que nos tornamos um país de classe média. A miséria acumulada ao longo de séculos da nossa história não pode ser superada com a elevação do nível de renda em alguns anos. As condições de habitação, de saneamento básico, de educação, de saúde, de transporte, de segurança – para citar apenas alguns problemas – são muito ruins e apenas começam a ser superadas – pelo menos na habitação. Será necessária a continuidade por muitos anos dessa elevação de renda, somada a politicas especificas que melhores substancialmente as condições da educação e da saúde publicas, do saneamento básico, da habitação, do transporte publico, as condições de segurança, para que possamos realmente ter transformado democraticamente a estrutura social brasileira de forma substancial e irreversível.

No entanto, a miséria, a extrema pobreza, não se medem apenas por cifras, por nível de renda. Ao que precisamos chegar é a uma sociedade em que não existam mais pessoas abandonadas, sem amparo, nas ruas ou em outros lugares, privados ou públicos. Uma sociedade a que todos pertençamos, de uma ou outra forma, em que nos sintamos vinculados aos outros por laços de solidariedade, de espirito comunitário, de pertencimento a uma mesma sociedade. A miséria não é apenas uma situação de precariedade material, é também o abandono, a falta de apoio, de retaguarda, de cuidado. A isso temos que chegar, a que todos tenham alguma forma de assistência do Estado, de forma a que ninguém se sinta abandonado.

11/06/2011

Batalha da Vida

Insista, persista e não desista.
Só assim chegará a conquista.
Se é belo lutar por um ideal, lute.
Se por ele tiver que morrer, morra.
Seja pouco, mas seja você.
E se esse pouco não bastar a alguém, desista.
Pois esse alguém, não bastará a você!!!

Meu Caminhar

“Não sei se estou perto ou longe demais.
Se peguei o rumo certo ou errado.
Sei apenas que sigo em frente.
Vivendo dias iguais de forma diferente.
Já não caminho mais sozinha.
Levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição.
E, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria.
Saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber que valeu a pena.

Você Mesmo


Lembre-se de que você mesmo é o melhor secretário de sua tarefa.
O mais eficiente propagandista de seus ideais.
A mais clara demonstração de seus princípios.
O mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça.
A mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros.
Não se esqueça, igualmente, de que o maior inimigo de suas realizações mais nobres.
A completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa.
A nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar.
O arquiteto de suas aflições e o destruidor de suas oportunidades de elevação.
É VOCÊ MESMO

A Arte de Ser feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. 
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas. 
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o
jardim não morresse. 
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas
de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava
completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. 
Outras vezes encontro nuvens espessas. 
Avisto crianças que vão para a escola. 
Pardais que pulam pelo muro. 
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com
pardais. 
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Às vezes um galo canta.
Às vezes um avião passa. 
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. 
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.


A Possível Felicidade

Só quem está disposto a perder tem o direito de ganhar. Só o maduro é capaz da renúncia. E só quem renuncia aceita provar o gosto da verdade, seja ela qual for.

O que está sempre por trás dos nossos dramas, desencontros e trambolhões existenciais é a representação simbólica ou alegórica do impulso do ser humano para o amadurecimento.

A forma de amadurecer é viver. Viver é seguir impulsos até perceber, sentir, saber ou intuir a tendência de equilíbrio que está na raiz deles (impulsos). A pessoa é impelida para a aventura ou peripécia, como forma de se machucar para aprender, de cair para saber levantar-se e aprender a andar. É um determinismo biológico: para amadurecer há que viver (sofrer) as machucadelas da aventura e da peripécia existencial.

A solução de toda situação de impasse só se dá quando uma das partes aceita perder ou aceita renunciar (e perder ou renunciar não é igual, mas é muito parecido; é da mesma natureza). Sem haver quem aceite perder ou renunciar, jamais haverá o encontro com a verdade de cada relação. E muitas vezes a verdade de cada relação pode estar na impossibilidade, por mais atração que exista. Como pode estar na possibilidade conflitiva, o que é sempre difícil de aceitar.


Só a renúncia no tempo certo devolve as pessoas a elas mesmas e só assim elas amadurecem e se preparam para os verdadeiros encontros do amor, da vida e da morte. Só quem está disposto a perder consegue as vitórias legítimas.


Amadurecer acaba por se relacionar com a renúncia, não no sentido restrito da palavra (renúncia como abandono), porém no lato (renúncia da onipotência e das formas possessivas do viver).


Viver é renunciar porque viver é optar e optar é renunciar.


Renunciar à onipotência e às hipóteses de felicidade completa, plenitude etc é tudo o que se aprende na vida, mas até se descobrir que a vida se constrói aos poucos, sobre os erros, sobre as renúncias, trocando o sonho e as ilusões pela construção do possível e do necessário, o ser humano muito erra e se embaraça, esbarra, agride, é agredido.

Eis a felicidade possível: compreender que construir a vida é renunciar a pedaços da felicidade para não renunciar ao sonho da felicidade.

Aprenda a Fazer Bonito o Seu Amor

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.

Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos,belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.


Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender;necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor.

Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?

De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.


Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre.

Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos) :não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.


Não tenha mêdo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente.

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo
do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. Sem mêdo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.

Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.


Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

Quem Não Tem Namorado

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.

Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.

Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

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Tão brando é o movimento
das estrelas, da lua,
das nuvens e do vento,
que se desenha a tua
face no firmamento 
Desenha-se tão pura
como nunca a tiveste,
nem nenhuma criatura.
Pois é sombra celeste
da terrena aventura. 
Como um cristal se aquieta
minha vida no sono,
venturosa e completa.
E teu rosto aprisiono
em grave luz secreta
Teu silêncio em meu peito
de tal maneira existe,
reconhecido e aceito,
que chego a ficar triste
de vê-lo tão perfeito.
E não pergunto nada.
Espero que amanheça,
e a cor da madrugada
pouse na tua cabeça
uma rosa encarnada.

Aprendi..........

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. 

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. 

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
 
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. 

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
 
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. 

E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... 
 
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
 
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. 

Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
 
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. 

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
 
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. 

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
 
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. 

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
 
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
 
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
 
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
 
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
 
Aprende que paciência requer muita prática. 

Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
 
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que e se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
 
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
 
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
 
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
 
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
 
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
 
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
 
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
 
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. 

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
 
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. 

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

A Vida

A vida é beleza, admira-a.
A vida é beatificação, saborei-a.
A vida é sonho, torna-o realidade.
A vida é um desafio, enfrenta-o.
A vida é um dever, cumpre-o.
A vida é um jogo, joga-o.
A vida é preciosa, cuida-a.
A vida é riqueza, conserva-a.
A vida é amor, goza-a.
A vida é um mistério, desvela-o.
A vida é promessa, cumpre-a.
A vida é tristeza, supera-a.
A vida é um hino, canta-o.
A vida é um combate, aceita-o.
A vida é tragédia, domina-a.
A vida é aventura, afronta-a.
A vida é felicidade, merece-a.
A vida é a VIDA, defende-a.

10/06/2011

Apenas um Detalhe

Ver
A vida,
As pessoas,
As formas,
É um detalhe.

Mas....

Viver
De bem com a vida,
Amando as pessoas,
De todas as formas,
É um detalhe que faz toda a diferença.

DE QUEM É A CULPA DO LIXO JOGADO NO CHÃO?

Esse assunto é velho, mais velho que seus pais e até o momento passado (cada vez menos) de geração em geração desde que se descobriu que a Peste Negra foi causada pelas condições de higiene péssimas durante a idade média. E não falo do hábito de tomar banho, mas se tratar o lixo.

Não precisa de valores gráficos ou números para perceber que a cada dia que passa produzimos mais e mais lixo, e existe todo um problema em sua armazenagem ainda mais em um país que não investe como deveria em tecnologias de reciclagem, mas mesmo se tratando do lixo, o assunto é ainda mais profundo.

Refere-se ao péssimo hábito de nossa população em sujar as ruas. Um hábito que até anos atrás era pouco disseminado mas que atualmente atinge proporções quando não avassaladoras, se torna ridículo.

Eu acredito que as iniciativas propostas por uma amiga (apoio de empresas, ambulantes, cartazes, etc..), seriam válidas se realmente o povo brasileiro tivesse o mínimo de educação.
Para mim não adianta fazer qualquer tipo de iniciativa por parte das empresas , pedir ajuda as ambulantes nas praias, etc...
O que realmente falta a este povo, e que povo teimoso! é conscientização de cidadania, respeito ao meio ambiente e principalmente ter consciência e responsabilidade pelo lugar onde vive.
Não adianta 5% fazer o certo se 95% pouco está preocupado com o lugar onde mora, com o vizinho, com a dengue, com a sujeira das ruas por onde transita.
O pensamento é "por que me preocupar em manter a limpeza se o do lado não está nem aí para problema".
Acho que cada um tem que fazer a parte que lhe cabe neste planeta senão o resultado será desastroso.

Para falar a verdade, se o povo brasileiro fosse tão bom no voto quanto para sujar, seríamos o melhor país do mundo com os melhores políticos.

Estação das Perdas

Há horas em nossa vida que somos tomados por
uma enorme sensação de inutilidade, de vazio...
Questionamos o porquê de nossa existência e
nada parece fazer sentido.
Concentramos nossa atenção no lado mais cruel
da vida, aquele que é implacável e a todos afeta
indistintamente: As perdas do ser humano.


Ao nascer, perdemos o aconchego ,
a segurança e a proteção do útero.
Estamos, a partir de então, por nossa conta.
Sozinhos.
Começamos a vida em perda e nela continuamos.
Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo,
outras possibilidades nos surgem.
Ao perdermos o aconchego do útero,
ganhamos os braços do mundo.
Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta,
nos eleva e nos destrói...
E continuamos a perder...e seguimos a ganhar.
Perdemos primeiro a inocência da infância.
A confiança absoluta na mão que segura nossa mão,
a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas
por que alguém ao nosso lado nos assegura
que não nos deixará cair...
E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar.
Por que? Perguntamos a todos e de tudo...
Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas,
irremediavelmente deixadas para trás...

Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer, renascer (?).....

Vamos perdendo aos poucos alguns
direitos e conquistando outros.
Perdemos o direito de poder chorar bem
alto, aos gritos mesmo, quando algo
nos é tomado contra a vontade.
Perdemos o direito de dizer absolutamente
tudo que nos passa pela cabeça sem
medo de causar melindres.
Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda
tememos dizer-lhe isso.

Receamos dar risadas escandalosamente da
bermuda ridícula do vizinho ou puxar as
pelancas do braço da vovó com a
maior naturalidade do mundo e ainda
falar bem alto sobre o assunto.
Estamos crescidos e nos ensinam que não
devemos ser tão sinceros.
E aprendemos..
E vamos adolescendo...
ganhamos peso,
ganhamos, seios,
ganhamos pelos,
ganhamos altura....
ganhamos o mundo.
Neste ponto, vivemos em grande conflito.
O mundo todo nos parece inadequado
aos nossos sonhos...
ah! os sonhos!!!
Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí de repente, caímos na real!
Estamos amadurecendo...todos nos admiram.
Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados.
Perdemos a espontaneidade.
Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo.
Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais?
A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado? (???)

E continuamos amadurecendo....
ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma.
E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar,
de andar descalço, tomar banho de chuva,
lamber os dedos e soltar pum sem querer...
Mas perdemos peso!!!
Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos
e nem conseguimos dar neles aquele beijo estalado...
mas apertamos as mãos de todos,
ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade...
E assim, vamos ganhando tempo....
enquanto envelhecemos.

De repente percebemos que ganhamos algumas rugas,
algumas dores nas costas (ou nas pernas),
ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso...
e perdemos cabelos.
Nos damos conta que perdemos
também o brilho no olhar,
esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir...
Perdemos a esperança.
Estamos envelhecendo.

Não podemos deixar pra fazer algo
quando estivermos morrendo...
Afinal, quem nos garante que haverá mesmo
um renascer, exceto aquele que se faz em vida,
pelo perdão a si próprio, pelo compreender que
as perdas fazem parte, mas que apesar delas,
o sol continua brilhando e felizmente
chove de vez em quando,
que a primavera sempre chega após o inverno,
que necessita do outono que o antecede...

Que a gente cresça e não envelheça simplesmente...
Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie...
Que tenhamos rugas e boas lembranças...
Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor
e um pouco de ousadia...
Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos...
E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo,
mas ajamos de modo que aqueles à quem amamos,
sintam-se amados mais do que saibam-se amados.

Afinal, o que é o tempo?

09/06/2011

Profundidades do Subconsciente

Profundidades do inerente subconsciente
Emerger dos pensamentos internos… 
Entre os espaços vazios consistentes. 

Os eventos do furacão ocorrem,
Travamento sensorial dos estímulos…
Galope de aparecimento das sensações relacionadas. 

Através dos céus da opinião, 
Arrastando as paixões inertes…
Transformando os em meras ilusões. 

Dissecando os pensamentos, 
Zénite que conserva a alma… 
Retornando a ternura de seus sentimentos. 

É a ânsia inata, 
Você sai sem tentar…
No alvorecer delicado e vazio.

Sonho Errante

Os mistérios noturnos convergem sem canções 
Nostalgia surda expectante…
Persuadida pelas ilusões taciturnas. 

Fragmentos chuvosos vazios da névoa,
Promessas do céu… 
Esperando girar para diante. 

Perdida completamente entre as estrelas
Poetizei segredo dos cativos… 
E de paixões os arrastando. 

Épocas profundamente confidenciais
Extravagante para meu coração… 
Envolvida no orvalho das almas prisioneiras. 

Os sonhos teimosos emergem 
Vagando em meu espírito diáfano… 
Galopando com meus sentimentos sensíveis e constantes.

Sonho Sonhado

Tenho um sonho sonhado.
Guardado dentro de mim.
Perdido no tempo vago.
Esquecido no meu jardim.

Sei que palavras o vento leva.

Às vezes para longe de mim.
Por isso meu sonho sonhado.
Continua guardado em mim.


Meu sonho sonhado na infância.
O tempo o transformou.
Fez do meu sonho sonhado.
Algo libertador.


Mesmo sem um sorriso nos lábios.
Continuo um sonhador.
Deste meu sonho sonhado.
Pela Paz, Liberdade e Amor.





08/06/2011

“Um espanto tão intenso”


O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão no dia 11 de março começam a perder espaço na mídia. Parece ser o destino das grandes dores e crises da humanidade, o serem sucedidas pela necessidade de acreditar que foram algo excepcional, mas não a ponto de nos tirar da rota segura do cotidiano. Os bilhões de pessoas que se chocaram com a tragédia praticamente em tempo real, provavelmente sentiram, em meio à compaixão, o alivio de não estarem lá, de não vivenciarem o terror que arrasou territórios, vidas, infraestrutura, tudo, em tão pouco tempo.
Contudo, por mais que o assunto “tsunami no Japão” esteja próximo da página virada, de refluir aos nichos especializados, algo permanece no sistema de alerta de todos nós: e nossa fragilidade diante da natureza? e os riscos da energia nuclear? Esse tema, em evidência nos anos 70 e 80 do século passado, ressurge em outra dimensão, com outras perguntas, necessariamente associadas ao descontrole climático-ambiental que vivemos.
A questão não está no mérito da tecnologia nuclear, mas no seu entorno, naquilo que o aprendizado das últimas décadas nos ensinou, ou seja, é mais importante o olhar abrangente, para as cadeias de causas e conseqüências, do que para um ponto fixo.
A alternativa nuclear para a geração de energia é o ponto fixo, mas os opções de vida da humanidade, aparentemente escudadas por tecnologias inexpugnáveis e admiráveis, é que estão em jogo. Elas são frágeis, muito frágeis, embora queiram aparentar onipotência e domínio de suas circunstâncias. A principal – a de estarmos num planeta que precisa ser levado em conta como organismo vivo carente de cuidados – tem-se aproximado de seus limites sem que isso seja levado em conta em todo seu profundo significado.
As grandes potências da geopolítica mundial têm sido confrontadas com suas vulnerabilidades e, ao final, com sua humanidade. A impotência da potência, tal como costumamos entendê-la, por critérios de força militar e capacidade tecnológica, é um poderoso sinal para deixarmos de mistificar. É hora de recriarmos nossa idéia de civilização. É a era do aprendizado, da compaixão, da solidariedade, mas também da sabedoria, do não esquecimento, do enfrentamento e reconhecimento dos limites. Dos quais, aliás, já passamos.

07/06/2011

2011 ( Sol Di Liddo)

Pontos no finito e no infinito se aglomeram, ávidos e sedentos.
Milhares deles aos segundos...
Iniciando-se, partindo-se, consolidando-se...
Nasce o amor, destrói o ódio, separa a vaidade, aparta os ideais.
Incompreensivelmente.
Incansavelmente.
Ininterruptamente.
Ao invés de unir, agrava.
Sem mitigar nenhuma hora, sem trégua horroriza, avilta.
Sem ligar, compete, denuncia, amarga, entristece.
Vigiam-se num frenesi doentio, atemorizados.
Copiam-se num afã sem medidas, fascinados e compungidos.
Surpreendem-se com os nobres!
Espantam-se!
Estardalhaços em elogios!
O embate continua, viril, violento e venal.
Não há moderador que conduza a manada.
Intrépida em sua sede de poeira, faz carreira e anuncia em segundos sua nova arma, enfeitada de acentos, tils, reticências!
Irrompida!
Os sorrisos se escondem, ataviados e desalinhados, numa trança de medos e amores...
Num enredo de credos e de descrenças...
As lágrimas não lavam mais o rancor, elas criam sulcos de resignação.
A vaidade abomina a irmandade, prendendo-a pelas mãos atadas e subjugando-a como um carcereiro infame!
Os silêncios são traidores, delatam, sem dó!
Incessantemente.
Releio, deixando rastros de lágrimas e de suspiros ainda não exclamados.
Somente a paz é moderada, infelizmente...

04/06/2011

ENRIQUECIMENTO COMPARÁVEL ( Edmar Melo)

Em matéria de fortuna
Só acredita otário
Que alguém pode enricar
Vivendo só de salário
Mas já vi isso uma vez
E vou contar pra vocês
Um caso até temerário.

Esse caso aconteceu
Na Câmara dos Deputados
Um terreno de ninguém
Muito pouco vigiado
Onde o desonesto apronta
E você que paga a conta
Nem sabe que foi roubado.

Sem um motivo aparente
Um deputado enricou
E a inveja dos outros
De repente se aflorou
Uma CPI foi criada
Onde ficou constatada
A grana que ele “ganhou”.

Ex- deputado baiano
Homem de muito “talento”
Era o chefe da quadrilha
Dos anões do orçamento

Meu Maio ( Maiakovski)

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês – Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!

A Injustiça Passeia Pelas Ruas Com Passos Largos (Bertold Brecht)

A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores fazem planos para dez mil anos.
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz se levanta além da dos que mandam
E em todos os mercados se proclama a exploração;
Isto é apenas o começo.
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?

De quem depende a continuação desse domínio?
De nós!
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.

Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
Os dominadores fazem planos para dez mil anos.
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz se levanta além da dos que mandam
E em todos os mercados se proclama a exploração;
Isto é apenas o começo.
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?

De quem depende a continuação desse domínio?
De nós!
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.

Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.

02/06/2011

SERENIDADE

A serenidade é um indicador da paz interna, e também da sabedoria.
Nós não queremos viver vidas frustadas e a aventura tem definitivamente um papel importante em uma vida bem-vivida, mas a serenidade é um indicador que uma pessoa tenha o pensamento levado a cabo em sua vida com disciplina e benevolência. 
A serenidade é também um indicador de que muitas outras coisas estejam trabalhando bem na vida de uma pessoa. 
Não tentar esgotar em demasiado, por exemplo. Têm que ter uma margem de reserva da energia. Reservar a hora  certa para os projetos da vida. Não se deve está muito apressando. 
Atividades doentias, desespero - estas não são parte de uma vida da serenidade ou sabedoria. 
A serenidade é o resultado de um bom pensamento bem-desenvolvido através da vida. 
A serenidade vem da aceitação, incluindo a aceitação de suas próprias falhas e das falhas de outros. 
Pode ser mais fácil aceitar a vida, incluindo nossas falhas, quando nós somos igualmente confortáveis sabendo que apesar daquelas falhas, nós somos valiosos ou importantes para nós e para outros. 

Características da serenidade:
Relutância em julgar com aspereza a sí próprio.
Relutância em julgar com aspereza o outro.
Ausência de conflito.
Um sentimento da conexão com o outro e sua própria natureza.

Guerra no campo e a urgência na Amazônia

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Se os estados amazônicos são incapazes de impor a lei nos territórios de sua jurisdição, cabe ao governo federal neles intervir, como prevê a Constituição e aconselha a necessidade de que se salve a República.

O que está ocorrendo no Pará e em Rondônia é um desafio aberto à sociedade brasileira. Jagunços, a serviço dos grandes proprietários (o chamado agronegócio) e dos devastadores das matas para a exploração das madeiras nobres e o fabrico de carvão, estão matando, impunemente, pequenos lavradores e líderes extrativistas, que se opõem aos crimes cometidos contra a natureza e defendem suas pequenas posses contra os grileiros.


Não cabem eufemismos nem subterfúgios. A realidade demonstra que os mandantes contam com a cumplicidade explícita de algumas autoridades locais, não só do poder executivo como, também, do sistema judiciário. E, ao lado dos pistoleiros, atuam parcelas da polícia militar e civil da região.


Se houvesse dúvida dessa teia de interesses que protegem os criminosos, bastaria a manifestação de regozijo de parte dos parlamentares da bancada ruralista e de sua claque, quando, no plenário da Câmara, se ouviu a denúncia dos assassinatos mais recentes, feita pelo deputado Zequinha Sarney.


A repetição dos assassinatos no campo é, em si mesma, intolerável afronta à sociedade brasileira, em qualquer lugar que se dê. Mas, no caso da Amazônia, é muito mais grave, porque ali se acrescenta a questão da soberania nacional. A inação do Estado alimenta a campanha que, nos países europeus e nos Estados Unidos, se faz contra a nossa jurisdição histórica sobre a maior parcela da Hiléia, sob o argumento de que não temos condições de exercê-la e mantê-la.


Se não somos capazes de impedir o assassinato da floresta e de seus defensores, os que cobiçam as nossas riquezas se sentirão estimulados a intrometer- se em nossos assuntos internos, sob o estribilho que precedeu a invasão de muitos países, o da defesa dos direitos humanos.


Há décadas que vozes sensatas têm clamado para que a questão amazônica seja vista como a mais exigente prioridade nacional.


O Brasil é convocado a ocupar a Amazônia – ocupar, mesmo, embora sem destruí-la – criar sistema eficiente de defesa das fronteiras, proteger sua população civil e promover o desenvolvimento sustentado da área.


Trata-se de uma guerra que estamos perdendo, porque não a enfrentamos como é necessário. As nossas Forças Armadas, destacadas na região, lutam com todas as dificuldades. Faltam- lhes equipamentos adequados às operações na selva e nos rios; os contingentes não conseguem ocupar todos os pontos táticos e estratégicos da região e, em alguns casos, não há suprimentos para a manutenção das tropas.


Nos últimos vinte e cinco anos, de acordo com relatório da Comissão Pastoral da Terra, 1.581 ativistas foram assassinados na luta contra grileiros, agronegocistas e madeireiras – a imensa maioria na nova fronteira agrícola do Norte.


Não bastam as declarações do governo, nem a convocação de grupos de estudos. O bom-senso indica que o governo federal terá que convocar as três forças nacionais a fim de ocupar a Amazônia, identificar e prender os criminosos e mandantes.


É crucial criar sistema de controle da exploração madeireira e de outras riquezas, o que hoje é fácil, graças ao GPS, ao monitoramento de caminhões por satélite e outros instrumentos eletrônicos.


Há centenas de brasileiros, ameaçados de morte, porque estão fazendo o que não fazem as autoridades locais: defendem a natureza e a soberania do Brasil sobre os seus bens naturais e a vida dos indígenas e dos caboclos, reais desbravadores da região.


Para que não sejamos obrigados a uma guerra externa, contra prováveis invasores estrangeiros – que aqui virão em busca dos recursos naturais que lhes faltam – temos que travar e vencer a guerra interna contra os bandidos, pistoleiros e os que lhes pagam.