Fazendo minha caminhada diária as 6 horas da tarde… resolvi parar para escutar o silêncio… o dia estava morrendo, a noite de 32 graus
já estava chegando, mas com grande paz.
Estavam aqui os processos e as
forças imponderáveis do cosmos, harmonioso e mudo.
A harmonia, de que era ele!
Aquele era o que saiu do silêncio - um ritmo delicado, a tensão de uma corda
perfeita, a música das esferas, talvez.
Era bastante para travar o ritmo, momentaneamente para ser
eu mesma uma parte dele.
Naquele instante eu não poderia sentir nenhuma dúvida
de minha solidão com o universo.
A convicção disso veio com o ritmo que era
demasiado em ordem, demasiado harmonioso, demasiado perfeito para ser um
produto da possibilidade cega.
Aquela, consequentemente, deve ser a finalidade no todo e eu era parte daquele inteiro e não de um ramo
acidental.
Era um sentimento que transcendia a razão; isso foi ao encontro do meu coração solitário com um desespero infundado.
O universo era um cosmos, não
um caos; eu era tão legitimamente uma parte desse cosmos quanto eram o dia
e a noite.
Eu levei embora algo que antes eu não tinha possuído inteiramente: a
apreciação da beleza e do milagre completos de estar viva, e um jogo humilde da
civilização dos valores… não alteraram minhas ideias.
Eu voltei para casa vivendo o agora simplesmente
e com mais paz.
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