Na história institucional brasileira sinuosa tem sido a trajetória dos partidos políticos. Não apenas no Império e na República Velha, quando quase inexistia prática democrática, mas mesmo após a Revolução de 30, quando se desencadeou um período de transformações significativas na sociedade.
Entretanto, os longos interregnos autoritários que se sucederam entre 30 e 85 – sobretudo o Estado Novo e a Ditadura Militar – significaram enorme obstáculo à construção de partidos consistentes e estáveis.
O fato é que sempre predominaram, em nosso País, agremiações partidárias efêmeras, conjunturais e frágeis. Mesmo partidos que se organizaram retomando siglas existentes em situações passadas, o fizeram sem coerência com a linha e a feição política de antes.
O Partido Comunista do Brasil se distingue, dentre todos, por se manter há 89 anos atuante e presentes em todas as lutas importantes de caráter popular e democrático de nossa história recente. Em que pesem a perseguição policial, a interdição legal e a carga de preconceitos que por durante muito tempo pairaram sobre si, o Partido foi capaz de sobreviver, crescer e conquistar papel indispensável na cena política.
Isto porque aliou fidelidade à base teórica e ideológica em que se funda – o marxismo-leninismo – o empenho permanente em ligar-se ao povo. Evoluiu teórica e politicamente. Alcançou a maturidade. Hoje ostenta um Programa Socialista a um só tempo cientificamente lastreado e consentâneo com as peculiaridades da realidade brasileira.
Também contribuiu e contribui para a existência exitosa do PCdoB a sua têmpera militante. Nesses quase 90 anos, milhares dos melhores filhos do povo fundiram seu destino pessoal ao projeto partidário e nacional. Foram capazes de lutar sob as mais adversas condições, inúmeros pagando com a própria vida pela fidelidade à causa que abraçaram.
É esse Partido, assim temperado no transcurso de batalhas históricas e atuais, que enfrenta no presente momento agressiva e odiosa campanha visando a denegri-lo. O combate que se trava através da grande mídia, feita porta-voz da direita mais abjeta, contra o ex-ministro Orlando Silva busca precisamente o impossível: abater, enfraquecer e derrotar o PCdoB. Mas encontra nos comunistas uma fortaleza unida, determinada e amplamente respaldada pelos aliados e pelo prestígio conquistado junto a crescentes parcelas dos trabalhadores e do povo.
O PCdoB resiste com altivez e mais uma vez vencerá, pois – como dizia João Amazonas – “é a consciência e a honra da nação”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário