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publicada em 10 de julho de 2011
Ex-ministro José Dirceu durante encontro do
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores em
novembro do ano passado (Foto: Antônio Cruz)
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) está "sereno e tranquilo" mesmo com a decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em manter as acusações contra ele no processo do mensalão, afirmou nesta sexta-feira (8) o advogado José Luís Oliveira Lima, que defende Dirceu no processo.
José Dirceu foi acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha pelo suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada para aprovação de projetos de interesse do governo na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu tinha esperança de que o MPF (Ministério Público Federal), como fiscal da lei, examinasse devidamente os autos. (...) Meu cliente está sereno e tranquilo e confia na Justiça. Tenho convicção de que, até o final, o plenário do STF vai declarar a inocência do ministro José Dirceu", disse Oliveira Lima.
Nas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal na quinta, Gurgel pediu a manutenção da condenação a 36 dos 40 réus iniciais do processo. O procurador pediu que sejam inocentados Luiz Gushiken e Antônio Lamas, alegando falta de provas. Dois dos 40 citados inicialmente no processo foram excluídos ao longo das investigações: o ex-tesoureiro do PT, Silvio Pereira, que fez acordo com o Ministério Público para prestar serviços à comunidade, e o ex-deputado José Janene, que morreu no ano passado.
No parecer, o procurador diz que Dirceu ainda tem "influência" no PT. Para o advogado de Dirceu, a manifestação do PGR "nada mais é do que uma peça de ficção. Não há no processo nenhuma prova nem circunstância nem fato que incrimine o ex-ministro José Dirceu. É risível a procuração do PGR pleiteando que o ex-ministro seja condenado porque até hoje teria poder no Partido dos Trabalhadores. É inacreditável que o chefe do MPF faça uma afirmação nesse sentido."
Alegações finais
O pedido de condenação para 36 acusados no processo do mensalão foi mantido pelo PGR. Entre eles, além de Dirceu, estão os deputados federais João Paulo Cunha (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; e Valdemar Costa Neto (PR-SP), também secretário-geral do PR; o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT; e o publicitário Marcos Valério.
O próximo passo do caso que ficou conhecido como escândalo do mensalão, em que parlamentares teriam recebido propina para votar a favor de projetos de interesse do governo Lula, será o voto do relator Joaquim Barbosa, do STF.
A expectativa do próprio relator é de que o julgamento só ocorra no ano que vem.
Carmen é por causa de fatos assim que nosso país é tido como o paraíso dos corruptos. Não é sério! Esses caras nos roubam e depois ainda nos estapeiam com seu cinismo. Não creio que mudemos, mas vou continuar assim como você, defendendo minhas idéias.
ResponderExcluirUm abraço, Paulo Pacheco