Ele nasceu num onze de setembro mais feliz, há cem anos e seu sorriso, seu piano e sua voz inconfundível, fazem parte da “trilha sonora” da Ilha
BolBola
Certa vez o poeta chileno Pablo Neruda escreveu dele: “Bola de Nieve se casou com a música e vive com ela nessa intimidade, cheia de pianos e sinos, retirando da cabeça os teclados do céu. Viva sua alegria terrestre! Saúde a seu coração sonoro!”
Neruda homenageava assim um dos maiores cantores cubanos, Ignacio Villa, ou “Bola de Nieve”, cujo centenário foi comemorado num 11 de setembro mais feliz do que o difundido pela mídia; ele viveu até 2 de outubro de 1971 e, sua imagem é duplamente lembrada pois faz também 40 anos que deixou de viver.
Cantor, compositor e pianista, é considerado um dos maiores gênios da música em Cuba e um autêntico símbolo musical da Ilha. A música, para ele, veio do berço – sua cidade natal, Guanabacoa, tem uma rica tradição musical e folclórica e ele, com seus doze irmãos (filhos de uma família operária), participavam intensamente do cenário festivo criollo da vila. Estudou música desde os oito anos de idade, pensou em ser professor. Foi a crise econômica, na década de 1920, que o empurrou para a dedicação profissional à música. No início substituía artistas mais importantes em espetáculos em Havana e também na cidade do México.
Aliás, ele tinha uma verdadeira paixão pela cidade do México, e certa vez disse: “Não venho cantar por dinheiro, venho por amos a este povo que tanto gosta de Cuba”. Foi lá também que a imprensa começou a descrevê-lo como uma espécie de Maurice Chevalier ou Luiz Armstrong cubano. A comparação tem sentido pelo alcance nacional que sua voz e sua figura alcançaram. Mas ela não elimina o gigantismo do estilo próprio e inconfundível deste gigante numa ilha de gigantes.
Muito bom! Vou até ouví-lo agora mesmo!
ResponderExcluirBeijos,
Mari
Jurava que o Bola de Nieve era Peruano!
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