Sob o meu olhar

Aqui neste blog, vocês poderão ver, ler e comentar a respeito do que escreverei. Por meio deste meu olhar sincero, tentarei colocar artigos e dar minha opinião sobre questões atuais como politica, problemas sociais, educação, meio ambiente, temas que tem agitado o mundo como um todo. Também escreverei poesias e colocarei poemas de grande poetas que me afloram a sensibilidade, colocarei citações e frases pequenas para momentos de reflexão.
É desta forma que vou expor a vocês o meu olhar voltado para o mundo.

28/03/2012

Jovens protestam contra militares envolvidos em tortura durante a ditadura

Portal CTB

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Jovens reuniram-se na última segunda-feira (26) em Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza para protestar contra torturadores que participaram de ações de repressão durante a ditadura no Brasil (1964-1985). Organizado pelo Levante Popular da Juventude, o intuito é expor publicamente participantes diretos da violência repressiva, com atos próximos aos locais onde vivem os acusados. 

Para Lira Alli, estudante paulista, o importante do ato, conhecido como "escracho" e realizado originalmente na Argentina, é levantar questões do passado que não são discutidas e abordadas em sala de aula. "A gente já vinha há algum tempo pensando em realizar ações deste tipo, inspirados, especialmente, no que a juventude de outros países da América Latina já vem fazendo", explicou Alli.

Belo Horizonte
Em Belo Horizonte (MG), outra manifestação reuniu cerca de 70 pessoas em frente à casa de Ariovaldo da Hora e Silva, torturador da ditadura militar que atuou no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) entre 1969 e 71, em Minas Gerais.
Ariovaldo é apontado pelo Brasil Nunca Mais como envolvido nas mortes de pelo menos três opositores ao regime militar - Jaime de Almeida, Afonso Celso Lana Leite e Nilo Sérgio Menezes Macedo.
Os manifestantes carregavam faixas, cartazes e tambores e distribuíram cópias de documentos oficiais do DOPS contendo relatos das sessões de tortura das quais Ariovaldo participou.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, o ato de escrache reuniu cerca de 100 manifestantes em frente à casa do coronel Carlos Alberto Ponzi, ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) na capital gaúcha. Ele é um dos 13 brasileiros acusados pela Justiça italiana do desaparecimento do militante Lorenzo Ismael Viñas, ocorrido em Uruguaiana, em 1980 - a denúncia italiana contra ele foi aberta em 2010, o que lhe impede de viajar àquele país sob o risco de prisão.
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Além da Justiça italiana, o acusado também é alvo de ações do Ministério Público Federal, que ajuizou representações contra ele em São Paulo, Rio de Janeiro e Uruguaiana, com pedido de abertura de inquérito.
Durante a manifestação, a calçada em frente a casa do torturador foi pichada com frases como "Aqui mora um torturador".
Fortaleza
Em Fortaleza (CE), o "esculacho" foi no bairro Aldeota, em frente ao escritório de advocacia do ex-delegado da Polícia Federal na capital cearense, José Armando Costa. Houve reação de familiares do torturador, mas ninguém ficou ferido.
Os manifestantes levavam cartazes e faixas que denunciavam os crimes do "Dr. Armando", como era conhecido. Familiares e o advogado de Armando Costa saíram do escritório e tentaram impedir que os manifestantes colassem cartazes e fizessem as denúncias dos crimes praticados na ditadura. A polícia foi chamada, mas não interveio.
Entre os manifestantes estavam ex-presos políticos, integrantes do coletivo Aparecidos Políticos, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Sindicato dos Gráficos do Estado.
São Paulo
Em São Paulo, cerca de 200 estudantes organizaram um ato de protesto contra o delegado aposentado do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), David dos Santos Araujo,  o "Capitão Lisboa", como era conhecido à época.
O ato de escracho foi promovido em frente à empresa de segurança privada Dacala, localizada na avenida Vereador José Diniz, 3.700, na Zona Sul de São Paulo, de propiedade do delegado aposentado acusado de torturas, estupros e assassinatos durante a ditadura civil-militar (1964-1985).
Araújo atuava no centro de repressão Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna (DOI-Codi) e é responsável, de acordo com ação do Ministério Público Federal (MPF), pela tortura do jornalista Ivan Seixas, à época com 16 anos, e pelo e assassinato de seu pai, Joaquim Alencar de Seixas, entre outros casos.
Ivan Seixas denunciou, em depoimento ao Dossiê Ditadura, que foi pendurado em um "pau de arara", enquanto seu pai foi colocado na "cadeira do dragão". Pai e filho foram torturados por uma equipe de cinco pessoas, entre eles David dos Santos Araújo.
História
O resgate histórico dos períodos de repressão durante a ditadura militar foi relacionado este ano pelos estudantes para que os atos de protesto suscitem a importância da criação da Comissão da Verdade. O colegiado, aprovado e sancionado no ano passado, ficará a cargo de investigar, com acesso livre a documentos, casos de violação aos direitos humanos durante o período de 1946 a 1988.  Para sair do papel, a comissão precisa agora que seus integrantes sejam escolhidos pela presidenta Dilma Rousseff.
"Foi justamente por conta do processo que está se formando em torno da Comissão da Verdade que a gente decidiu fazer esse ato. Primeiro por conta de crimes pelos quais alguns militares são acusados e processados e que não são de conhecimento da população. Também queremos fazer com que a sociedade se posicione a esse respeito, por ser uma passagem sombria da nossa história e que precisa ser resgatado", ressaltou a estudante.

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