Rio de Janeiro, 19 nov (EFE).- A Caixa Econômica Federal, segundo maior
banco estatal do país, obteve nos primeiros nove meses do ano um lucro
líquido recorde de R$ 4,1 bilhões, valor 17,7% superior ao do mesmo
período de 2011, informou a empresa nesta segunda-feira.
O banco atribuiu o lucro histórico dos três primeiros trimestres do
ano a sua decisão de reduzir as taxas de juros para incentivar os
créditos.
A redução dos juros permitiu à Caixa elevar sua carta de crédito em
setembro para R$ 324,5 bilhões, com um crescimento de 43% frente ao
mesmo mês do ano passado.
Da mesma forma, a participação da Caixa Econômica Federal no mercado
de crédito subiu 11,8% em setembro de 2011 para 14,5% no mesmo mês
deste ano.
Em um ano, os créditos destinados a imóveis subiram 34,9% e somaram
R$ 190,6 bilhões em setembro.
Apesar do aumento dos empréstimos, a taxa de inadimplência do banco,
que se refere aos créditos vencidos há mais de três meses sem
pagamento, permaneceu inalterada, em 2,06%.
A taxa é bem inferior à
média de falta de pagamento do sistema financeiro brasileiro, que em
setembro foi de 3,77%.
A redução das suas taxas de juros sobre empréstimos concedidos pela
Caixa atraiu para o banco, em média, 7,6 mil novos clientes por mês em
2012.
"Os números obtidos nos nove meses, incluindo a ampliação da
participação no mercado de crédito, a baixa taxa de inadimplência e o
forte aumento do número de clientes refletem o resultado de nossa
estratégia de oferecer as melhores taxas e tarifas do mercado",
assegurou o presidente da Caixa, Jorge Hereda, citado em um comunicado
divulgado pelo banco.
O bom desempenho no acumulado do ano, no entanto, foi abalado pelo
resultado do terceiro trimestre.
A Caixa obteve entre julho e setembro um lucro líquido de R$ 1,35
bilhão, 4,6% superior ao do mesmo período do ano passado, mas 19,7%
inferior ao do segundo trimestre deste ano.
O banco também informou que seu patrimônio líquido em setembro era
de R$ 22,5 bilhões e que seus ativos o colocam como o quinto maior banco
do país, abaixo do Banco do Brasil, do Itaú, do Bradesco e do
Santander. EFE
cm/cs/tr
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