Bancários da Bahia, Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras cidades, estão indignados com a atitude do Santader que deflagrou um processo de demissões em massa desde a semana passada
Para protestar com a atitude arbitrária e irresponsável da instituição e exigir a reintegração de todos os funcionários desligados, a categoria promove manifestações e paralisações por todo país como resposta à onda de demissões que, só nesta segunda-feira (3), deixou sem emprego cerca de mil trabalhadores, segundo estimativa inicial de dirigentes sindicais.
No Nordeste, dados preliminares indicam 30 demissões em Pernambuco, 23 na Bahia, 14 em Alagoas e 10 na Paraíba. Na sua maioria, os desligados foram gerentes de agências ou empregados com mais de 10 anos de serviço.
De acordo com o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, José Emanuel de Souza, só nos primeiros nove meses do ano, o Santander apresentou Lucro Líquido Gerencial de R$ 4,731 bilhões, 26% do resultado global do grupo espanhol. Sua carteira de crédito atingiu o patamar de R$ 207,334 bilhões, com crescimento de 10,1% em 12 meses e 0,8% no trimestre.
O Sindicato entrou em contato com a direção da empresa para cobrar explicações e foi informado apenas que se trata de ajuste estrutural. O banco comunicou ainda que está em busca de melhores resultados, reduzindo custo, principalmente com pessoal, por isso, não serão contratados novos empregados.
“Para enfrentar essa situação orientamos aos sindicatos a paralisarem as atividades no máximo de agências possíveis e realizar manifestações onde não ocorreram demissões ainda”, destacou Emanuel.
José Emanuel comunicou que a Federação vai denunciar o processo de demissão ao Ministério Público do Trabalho. A Federação e o Sindicato dos Bancários da Bahia (SEEB) denunciam, há tempos, os desligamentos cometidos pelo banco. A prática tem aumentado consideravelmente a sobrecarga e o índice de doenças ocupacionais.
“Daí a importância da luta do movimento sindical classista pela aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a demissão imotivada. Não há qualquer justificativa para demissões no Santander que levam dezenas de bancários e suas famílias ao desespero em plena véspera de Natal e que sobrecarrega os bancários que permanecem em estado de total apreensão”, afirmou Jose Emanuel.
O Sindicato da Bahia promove nesta terça-feira (04), paralisações nas agências do Santander em protesto contra as demissões.
Cinthia Ribas - Portal CTB
Nenhum comentário:
Postar um comentário