23/11/2012

Senadores pedem ao MP prosseguimento das investigações da CPMI do Cachoeira


Por Redação, com Agência Senado - de Brasília
Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) e os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Ônix Lorenzoni (DEM-RS) reuniram-se com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para pedir que o Ministério Público Federal prossiga com as investigações realizadas pela CPMI do Cachoeira, em vias de encerrar seus trabalhos.
A representação entregue pelos parlamentares sugere, entre outras providências, a investigação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acusado de envolvimento com Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta. Os parlamentares querem também a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico das 15 empresas tidas como fantasmas que teriam recebido dinheiro da Delta.
Antes de deixar o Senado para essa reunião, Randolfe condenou a iniciativa do relator Odair Cunha (PT-MG) de não quebrar o sigilo de 15 empresas fantasmas que receberam recursos da Delta, e criticou o relatório como um todo.
– O conjunto da obra tem como alvo o investigador, não o crime. A instituição que iniciou o procedimento investigatório, a Procuradoria Geral da República, entra no relatório como agente a ser investigado. Como alvo entra também a imprensa. O relatório confirma todas as preocupações que tínhamos – afirmou Randolfe.
Adiamento
Na abertura da reunião da CPMI do Cachoeira, nesta quinta-feira, o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), pediu aos demais integrantes da comissão para ler seu relatório na próxima semana. Odair disse ainda estar dialogando com os “pares” do colegiado, o que evidencia uma possível mudança no texto a partir de sugestões de senadores e deputados.
Após o pedido de novo adiamento, o presidente Vital do Rêgo (PMDB-PB) marcou a leitura do texto para a próxima quarta-feira.
O deputado Carlos Sampaio discordou do adiamento e disse que o relator está “intranquilo” e “inseguro” quanto ao conteúdo do documento.
O senador Randofe Rodrigues, por sua vez, concordou com Odair:
- Acho de bom tom o adiamento, visto que a leitura seria feita numa CPI esvaziada hoje – disse referindo-se a baixa presença de parlamentares no plenário da comissão.
O deputado Miro Teixeira também manifestou apoio ao relator.
-  Isso é uma tentativa de ponderação sobre o conteúdo do próprio relatório. Se temos a chance de aprovar um texto que mais se aproxime de pensamento médio, não acho que seja questão de insegurança – afirmou.
A leitura estava prevista para quarta-feira e, por uma questão regimental, foi transferida para esta quinta. Vários parlamentares já tinham pedido adiamento, reclamando de que não tiveram tempo de ler o texto, com mais de 5 mil páginas. Também foi apresentado um pedido de vista, que só poderá ser votado depois de encerrada a leitura.

Um comentário:

  1. Podem investigar à vontade. A unica ligação de Cabral com Cavendish é sua amizade.

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