05/05/2012

O Homem Amarelo (A. Zarfeg)




O homem amarelo se enche de coragem – será tesão? –
E corre siderado rumo ao arco-íris.
A faísca de sol não leva consigo um único acorde
Exceto o desejo ardente de escalar a ilusão de ótica.
Movido por uma missão santa, o infeliz quer porque
Quer abraçar o arco-da-velha, esperançoso de se
Apoderar do pós-tempo das cores do infinito delas do
Pisca-pisca delas, seja lá o que isso signifique...
Pra cumprir tal sina, o pingo de chuva combina as cores
Entre si, quentes e frias, aleatoriamente.
O borrão pálido (amarelou por quê? por que amarelou?)
Finalmente consegue tocar o arco-íris, mas
Fica azul denso jururu, dá meia-volta-volver –
E ei-lo demasiado humano outra vez.
O sísifo da esperança, quem diria, não consegue atinar
Com qual cor se pinta um happy ending

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