15/08/2011

Porque prefiro a Democracia Participativa

Já vivemos numa Democracia Representativa, e os resultados está aí para todo mundo ver. Um caos. Elegemos os representantes e o resultado é que vivemos numa sociedade do imediato, do superficial, do espetáculo e da ilusão para a maioria, do enriquecimento fácil e da desvalorização do rigor ético e moral. O poder é exercido por um grupo restrito e conseqüentemente, parte da população torna-se excedentária e dispensável, a marginalização, a miséria, os sem-teto e as periferias urbanas crescem; há que produzir a custos mínimos e expulsar do trabalho homens e mulheres que já não dão lucro e jovens que nunca poderão dar, por falta de saber e conhecimentos.

Sou mais a Democracia Participativa, onde devemos encontrar os meios e as formas que levem as pessoas a participar, a melhorar o seu nível de conhecimento, a saber exercer os seus direitos, ou seja, ser os sujeitos do seu destino.
Para isso precisamos criar estruturas em rede que liguem e articulem os diversos agentes interessados nesta mudança.

Esta tarefa não pode ser deixada, aos que exercem o poder e controlam o Estado, muito menos aos aparelhos de conquista do poder que são os partidos políticos-cartel, estes atores não representam a generalidade dos cidadãos sérios e honestos, antes servem o poder dominante.
Se queremos encontrar alternativas à atual situação, temos de conseguir que a sociedade gere novas organizações e valores, temos de criar estruturas, formas de manifestação e expressão que interessem a maioria dos cidadãos, fora do atual quadro de poderes manipuladores da opinião pública.

Temos que sair desta Democracia Representativa, mediada pelos interesses económicos e grupos políticos que são a sua expressão, e nos voltar para a Democracia Participativa, só assim conseguiremos com que a maioria das pessoas se motive e trabalhe na procura das soluções que lhe interessam, e para isso, precisamos ir muito além da participação na votação periódica de quatro em quatro anos ou equivalente.

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