24/06/2011

Morre Lentamente

Morre lentamente....
Quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música.
Quem destroi o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.


Morre lentamente....
Quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto.
Quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova.
Quem não conversa com que não conhece.

Morre lentamente....
Quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e "os pingos nos is"
a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropêços, sentimentos.


Morre lentamente....
Quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho;
Quem não arrisca o certo pelo errado atrás de um sonho;
Quem não se permite uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente....
Quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante.
Quem desiste de um projeto antes de iniciá-lo.
Quem não pergunta sobre um assunto que desconhece e não responde
quando lhe indagam o que sabe.


Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar.


Estejamos vivos então!

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